quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O MUITO E O POUCO

Quando nos divertimos, relaxamos, quando vivemos momentos felizes e de descontração, achamos que o tempo passa muito depressa, e por mais que se prolongue esta atividade, achamos que é POUCO.

Quando passamos por problemas, enfrentamos dificuldades, vivenciamos momentos de apreensão e ansiedade, por menos tempo que isso dure, achamos MUITO.

Quando, ansiosos, esperamos a chegada de alguém que amamos e que não vemos há tempos, a angústia da espera traz a percepção de que o tempo se arrasta vagarosamente e que as horas demoram MUITO para passar.

Quando esta pessoa chega, a partir do momento do encontro já começamos a contar as horas que a teremos conosco. Por mais tempo que fique conosco, será sempre POUCO.

Na verdade o tempo não passa mais depressa ou mais devagar, as horas caminham sempre na mesma velocidade e cadência.

Nossa postura diante das situações é que nos ocasionam esta impressão.

Queremos prolongar os momentos de prazer...e por isso as horas parecem passar mais rápido, "abreviando" nosso estado de felicidade.

Queremos reduzir nossos momentos de dificuldades... e por isso as horas parecem passar mais devagar, "prolongando" nosso estado de sofrimento.

Esta percepção, natural no ser humano, pode ser abrandada.
Basta que tenhamos a consciência e a lucidez de que nada é definitivo, que tudo passa.

E mais, que não há mal que sempre dure e nem bem que se perdure.

E para tanto, que aprendamos a sábia lição de "viver um dia de cada vez" e cada segundo como sendo único.

                                                                                           Pirilampo


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