PRECONCEITOS

Todos nós temos preconceitos.

Mesmo que não admitamos ou tentemos
disfarçá-los, invariavelmente
manifestaremos nosso preconceito em algum momento.

Estas evidências ficam claras, muitas das vezes, em nossas posturas diante das diferenćas alheias.

Seja na questão religiosa, no terreno da sexualidade, nas questões étnicas, no campo das profissões ou na convivência com a diversidade de níveis sociais, invariavelmente, em algum momento, deixaremos escapar nossa dose de preconceito.

Se não nos empenharmos diuturnamente para enfrentarmos e vencermos estas inclinações, isso pode crescer em nós, aumentando nossa intolerância com as diferenças.

Intolerância é falta de caridade, e como bem sabemos, a caridade é a essência de todas as  nossas virtudes.

A caridade é o terreno fértil que permite crescer em nós as   qualidades que almejamos para nos tornarmos melhores.

Sem o exercício diário da prática da caridade,  dificilmente eliminaremos nossas más inclinações que alimentam sentimentos de orgulho e egotismo, agentes potencializadores dos preconceitos.

Estejamos certos disso é comecemos agora na prática da caridade, pois fora dela não há salvação.

OS DANOS DA PREPOTÊNCIA

O equilíbrio, a ponderação, a paciência e a tolerância são virtudes que precisamos perseguir o tempo todo.

Nosso destempero emocional diante de situações triviais e episódios corriqueiros nos ocasionam tantas consequências indesejáveis, tantos desdobramentos desconfortáveis e somos os primeiros a sofrer essas consequências.

O interessante é que percebemos isso, temos consciência de que causamos para nós próprios um estado de desconforto psicológico, um desequilíbrio emocional, uma "nuvem cinzenta" passa a pairar sobre nossa cabeça nestes momentos, mas mesmo com esta percepção, ainda nos deixamos tomar pela impaciência e o azedume.

O orgulho fala mais alto.
A mania que temos de achar que estamos sempre certos prevalece.
O impulso de impormos que a nossa palavra seja sempre a última impera.
E a prepotência de nos julgarmos superiores aos que nos rodeiam se reforça.

Quando nos damos conta, percebemos que magoamo entes queridos, maltratamos amigos devotados, afastamos os que nos rodeiam.

É por isso que existem incontáveis seres humanos solitários mesmo quando imersos em meio a multidão.

Nossa arrogância de sermos senhores absolutos da verdade nos faz mergulhar nesta tola fantasia de sermos melhores e acaba nos tornando piores.

Reflitamos sobre isso e busquemos fortalecer nossa humildade para que aceitemos a verdade de que não somos melhores do que ninguém.

PRÁTICA DA CARIDADE

Nas tarefas que empreendemos em favor do nossos irmãos mais necessitados, com frequência identificamos cenários que nos sensibilizam e contribuem para nosso aprendizado.

Encontramos irmãos que de posse apenas da roupa do corpo, transbordam uma contagiante  e efusiva alegria.

Identificamos situações em que o indivíduo, mesmo faminto, doente, envolto em sujidades e solitário, somente pronuncia palavras positivas que elevam o espírito e promovem a concórdia e o equilíbrio.

Não raro flagramos lindas cenas de solidariedade, de parceria e de intensa compaixão entre aqueles que seguer conseguem a garantia de obter o pão de cada dia, mas quando o conseguem, partilham entre os seus semelhantes

São lições de humildade, de paciência, de resignação, de equilíbrio e de fé que desfilam diariamente diante de nossos olhos, para que possamos aprender com elas.

Assim, quando nos propomos a praticar a caridade junto àqueles irmão menos  favorecidos, estejamos certos de que os primeiros a serem beneficiados somos nós próprios.

INIMIGOS DE NÓS MESMOS

É comum ouvirmos por parte dos profitentes das diversificadas vertentes do Cristianismo, frases em alusão ao poder maléfico do "inimigo", personificado em outros substantivos como " demônio", "capeta", " satanás". "diabo", " lúcifer" e outros.

Voltadas à prática do mal, estas entidades se prestariam exclusivamente à disseminação das influências negativas, estimulando todas as modalidades de sentimentos e práticas para levar o indivíduo à queda de caráter.

É certo que Deus, na sua absoluta misericórdia, onipotência, onisciência e amor, jamais permitiria que um ser (criado por Ele próprio) adquirisse tamanho poder para torturar Seus filhos (nós). Acreditar num Deus que permitisse tal paradoxo seria duvidar do poder do Pai Celestial.

Na verdade o maior "inimigo" do homem é o próprio homem que com suas imperfeições e inclinações  para o mal, acaba contribuindo para sua infelicidade.

O orgulho a vaidade, a avareza, a insensibilidade com o sofrimento alheio, a impiedade, a violência, o ódio. Estes sim são os nossos  verdadeiros "inimigos" .

Assim, ao invés de ficarmos amedrontados com entidades fantasiosas que alimentam o imaginário popular, cuidemos de afastar nossos próprios "demônios" com a prática do bem incondicional exemplificado pelo Mestre Jesus.

PONDERAÇÃO SEMPRE

A nação passa por um momento delicado.

A palavra "crise" é pronunciada e potencializada incontáveis vezes durante os dias, que se sucedem, em todas as rodas sociais.

O sentimento de indignação diante de tantos escândalos leva o povo à um estado de apreensão e revolta.

A mescla de todos estes sentimentos em desalinho, acaba potencializando um padrão vibratório de encitamento à raiva, que é a semente do ódio.

É perfeitamente compreensível este estado de espírito diante do atual cenário, no entanto, há de se ter cuidado com a forma que explicitamos nossas manifestações.

Se desejamos a PAZ, não podemos continuar destilando ódio contra as pessoas e instituições.

Se almejamos o equilíbrio, não será metralhando xingamentos e maldições que obteremos nosso intento.

Se precisamos progredir e avançar não obstante as dificuldades, não será com lamúrias e lamentações que reagiremos de forma positiva.

Exercitemos a ponderaçåo em todos nossos atos. Somente assim estaremos contribuindo para que nosso país, que é o coração do mundo e a pátria do evangelho, possa atingir os objetivos traçados pela espiritualidade superior.

RELAÇÃO A DOIS

Nos dias agitados em que a humanidade vive, onde valores tem sido invertidos, sentimentos nobres são olvidados, relacionamentos estão acontecendo mais na "superfície" pois as pessoas cada vez mais fogem de compromissos, alguns fenômenos interessantes podem ser observados.

Pode-se por exemplo,  constatar que o número de pessoas com depressão, estados de melancolia e  desequilíbrios emocionais tem crescido à cada dia.

As relações a dois foram perdendo gradativamente a gostosa fantasia da conquista, o romantismo e a "magia do enamorar-se".

As etapas da relação são atropeladas, o foco passa ser o agora e o imediatismo perturbado da satisfação instantânea das sensações carnais, dominam o cenário.

A consequência é que, abortando toda uma infinidade de emoções e compartilhamentos e vivências, (responsáveis pela germinação de um relacionamento maduro e perene), a relação a dois fica reduzida a prazeres fugazes, desprovidos da verdadeira essência do relacionamento.

Como desdobramento destas relações observamos pessoas solitárias mesmo quando envoltas em multidões, espíritos mergulhados em melancolia, apesar da presença constante nos ajuntamentos sociais das baladas, seres com sentimentos em desalinho, em virtude da promiscuidade que reina absoluta.

A única saída para esta situação é a busca do essencial, a reforma íntima e a reflexão de que "juntos somos fortes". 

A relação a dois, quando permeada pela sintonia nobilitante do amor, do afeto sincero, da sinceridade e da cumplicidade, criam um estado de crescimento e harmonia espiritual, uma energia forte que envolve o casal, oferecendo-lhes força para superação de todo e qualquer obstáculo.

Enquanto o ser humano insistir em permanecer na superfície das relações, jamais conhecerá os aprazíveis cenários que se encontram mergulhados no cerne das relações.

A ANSIEDADE

Um dos maiores flagelos da humanidade, no que tange aos estados de espírito e dos sentimentos, chama-se ansiedade.

A ansiedade faz o coração bater acelerado, a respiração ficar ofegante, faz o estômago doer e cria  um verdadeiro redemoinho na mente.

Compromete a saúde sob todos os aspectos e a produtividade do indivíduo. Afeta o corpo e a mente de forma implacável.

Moléstia que tem se agravado nos dias atuais, a ansiedade compromete o "colorido da vida" e o prazer do viver.

Para se livrar deste carrasco mental que oprime e castiga nossas mentes seguem cinco sugestões que devemos aplicar no nosso dia a dia.

1- Nada nem ninguém conseguirá alterar o rumo da sua existência, pois ele já está previamente traçado e você, invariavelmente passará por tudo aquilo que estiver programado para você.

2- Nada nem ninguém poderá prejudicá-lo, magoá-lo, constrangê-lo ou frustá-lo sem que você permita que isso aconteça. Você é dono da sua "casa mental" e ninguém nela entrará se você não abrir as portas.

3- Quer você acredite ou não, quer você admita ou repudie a idėia, existe sim, uma Inteligência superior por trás de todo o universo e nada acontece por acaso. As leis cósmicas são implacáveis e o universo sempre conspira a favor das pessoas de bem.

4- A lei de causa e efeito, de ação e reação, norteiam nossas sucessivas reencarnações. Assim, se você se ocupa no plantio e disseminação do bem, invariavelmente colherá os frutos das sementes semeadas.

5- E por fim, o único momento do tempo onde você conseguirá interagir e promover mudanças é o hoje. Procure viver não um dia de cada vez, mais "um segundo de cada vez" e deixe que a vida siga seu rumo.

Você é filho do universo, irmão das estrelas e das árvores, você merece estar aqui.

E mesmo que você não consiga compreender, o universo seguirá cumprindo seu destino, e você faz parte dele.

SONHOS RECORRENTES

É comum a nós, seres encarnados, vivenciarmos uma situação que por vezes nos causa inquietação.

Estamos falando dos chamados "sonhos recorrentes", aqueles que constantemente nos visitam enquanto o corpo adormece.

São determinados lugares, cenários, pessoas e situações, que sucessivas vezes se repetem nos nossos sonhos.

Nem sempre são lugares e situações agradáveis, nem sempre isso é prazeroso e por vezes chegam mesmo a ser desconfortáveis e incomodam.

O que não podemos esquecer é que quando nosso corpo descansa, o espírito passa a gozar de uma relativa liberdade para galgar o espaço e no mundo espiritual sempre procurará os locais com os quais se afina.

Locais escuros, sujos, repletos de larvas e insetos,  por exemplo, com certeza serão zonas espirituais de baixo teor vibratório.

Se vamos ou somos levados para estes cenários, é porque  estamos vivendo uma psicosfera adequada à este tipo de sintonia.

Precisamos descobrir o que estamos fazendo para gerar este baixo padrão vibratório e corrigir nossas atitudes.

Visitas à casas e lugares e contatos com  pessoas que não nos recordamos de conhecer, também são frequentes e podem retratar episódios vividos em outras épocas com espíritos afins, fato absolutamente natural se considerarmos a pluralidade das existências e a imortalidade do espírito.

Não olvidemos que estamos nos acotovelando com nossos irmãos desencarnados e o plano material e espiritual se interpenetram, portanto estamos juntos o tempo todo.

Assim como na condição de encarnado em vigília, temos a possibilidade de escolher os locais que frequentamos, quando na condição de espíritos em desdobramento, através do sono, também temos o livre arbítrio para nossas escolhas. Nossa postura ditará nosso destino.

A TRANSITORIEDADE DAS SITUAÇÕES DO COTIDIANO

Após uma tempestade, a natureza sempre nos oferece uma calmaria.

Após a noite escura, sempre virá a claridade do amanhecer.

Após os momentos de tristeza e amargura, a alegria se restabelece e o sorriso  retorna.

Após as decepções virá sempre o aprendizado.

Após o desânimo da   frustração, outras realizações virão.

Tudo passa, nada é definitivo e imutável na nossa experiência evolutiva.

Cenários sombrios de hoje serão recordados amanhã com outra abordagem, outra perspectiva e veremos o quanto foi necessário e importante vivenciá-los.

O que nos tortura é a ansiedade, a insegurança, a falta de fé e o nosso imediatismo.

Entender a transitoriedade das situações é o primeiro passo para atingirmos o tão almejado equilíbrio.

De posse do equilíbrio, será mais fácil ser feliz.

O OUTRO LADO DA VIDA

O processo de afrouxamento dos laços que prendem o espírito ao corpo carnal ė que permite alçarmos vôos pelo plano espiritual, buscando cenários e espíritos afins enquanto o corpo, adormecido, busca o descanso necessário à matéria.

Isso acontece diariamente quer queiramos ou não, quer acreditemos ou não.

É o momento em que somos aconselhados pelo nosso protetor espiritual acerca de nossa postura, quando em vigília.

É a oportunidade de frequentarmos ambientes de conforto e refazimento.

É a nossa chance de encontrarmos entes queridos e trocarmos impressões e matarmos a saudade destes.

Mas para tal, necessitamos estar com o padrão vibratório compatível com a elevação e o equilíbrio necessários à esta troca de energias e experiências.

Desta forma, precisamos nos preparar para dormir, como nos preparamos para ir à um evento solene.

É necessário afastar da nossa mente os pensamentos negativos e doentios. É importante serenar nosso estado de espírito e  buscar a sintonia com nosso espírito protetor.

Somente desta forma conseguiremos  usufruir desta capacidade que todos temos. A capacidade de extrapolar nossa vida fora da experiência na carne e desfrutarmos desta integração com o outro lado da vida.

A TRANSITORIEDADE DA MATÉRIA

O conceito de que somos espíritos temporariamente em um corpo carnal perecível e transitório ainda incomoda muita a gente.

O fato do corpo físico ser o mecanismo material para as manifestações e intervenções visíveis e tangíveis ao ser humano encarnado, cria uma falsa impressão de que "somos a matéria", ao passo que na realidade apenas  " estamos na matėria".

O vinho, se estiver no interior da garrafa ou fora dela, ou mesmo se a garrafa não mais existir, será ainda vinho.

Ele não perderá sua essência e sua natureza de vinho se a garrafa se quebrar.

Da mesma forma somos nós, mas fica difícil compreender e aceitar uma verdade que ainda incomoda aos nossos rudimentares sensos de percepção instalados no corpo material.

O processo para esta aceitação passará necessariamente pela reforma íntima, pelo reconhecimento da nossa inferioridade enquanto espíritos imperfeitos, pela humildade de admitir que esta "fachada" que exibimos  e muitas das vezes nos orgulhamos tanto dela, é apenas "virtual" e tem prazo de validade.

RELAÇÃO A DOIS

O relacionamento a dois constitui-se em um dos maiores desafios na experiência carnal.

Nele, espíritos assumem o compromisso de enfrentarem juntos os desafios e as vicissitudes da vida, construindo uma história de vida com o objetivo do crescimento e do aprendizado.

O aprendizado da paciência, da tolerância, do perdão, da serenidade diante da obstáculos, o aprendizado da fé e do amor.

Mas para que logre êxito na relação, o casal necessita entender e praticar o respeito mútuo em todos os aspectos.

O principal ponto será sempre respeitar as individualidades, pois o casamento deverá ser união, jamais fusåo.

 A relação deverá priorizar o "espaço do outro", respeitar as preferências pessoais. O compartilhamento deverá sempre respeitar o princípio do consentimento mútuo.

Nesta relação não deverá haver espaço para ciúmes, desconfianças, mágoas, ressentimentos e discussões vazias e improdutivas.

Caminhar juntos rumo à evolução, ao crescimento, ao aprendizado, eis o desafio.

Mas  deve-se caminhar de mãos dadas, e não amarrados um ao outro.

TEMPOS MODERNOS

O ano mal começou e já estamos iniciando o terceiro mês de 2016.

O tempo passa com uma velocidade incrível e nossa impressão é que ele está acelerando cada vez mais à cada dia.

Ficamos assustados às vezes com esta situação, pois não temos tempo mais para nada e nos perguntamos o porquê disso acontecer.

No entanto, se observarmos este cenário com olhos clínicos, veremos que o tempo não passa mais rápido.

Basta pegar um relógio antigo e colocá-lo para funcionar. Ele marcará as horas com a mesma cadência que o fazia há dėcadas atrás e acompanhará um outro relógio mais moderno, dos dias atuais.

O que nos faz ter a impressão de que o tempo passa mais rápido é a vida atribulada, rodeada de compromissos e ansiedades.

É a disputa cada vez mais acirrada pelo espaço, refletida nos conflitos no trânsito, no mercado de trabalho, nas relações sociais.

É o círculo vicioso do consumismo, da busca pelo supérfluo, das disputas pelo poder.

Tudo isso nos afasta da nossa  essência espiritual e nos atraca à matéria, gerando ansiedades e descontentamentos.

Enquanto o ser humano continuar nesta busca desenfreada pelos bens materiais olvidando as conquistas do espírito, o tempo parecerá cada vez mais acelerado e ameaçador.

Buscar a paz  e a serenidade através da valorização de nossas virtudes é o nosso único caminho para uma vida equilibrada de acordo com as leis naturais.