E o
ser encarnado, diante dos percalços que a vida lhe impõe...
Diante
dos insucessos, das incógnitas e das suas limitações na percepção da verdadeira
essência da vida, resolve abdicar dela.
Opta
pela ideia de colocar um fim naquilo que ele entende ser desconfortável,
complicado, difícil e insuportável.
Movido
por sentimentos íntimos de indignação diante dos cenários que se lhes
descortinam no cotidiano, decide por “fechar as cortinas do palco da vida na
carne”, buscando o fim daquilo que o incomoda e o faz sofrer.
Se não
consigo resolver os problemas que tanto me afligem, se não tenho forças para
enfrentar os desafios e percalços da vida, procurarei fugir da vida, buscando
saída em uma (suposta) morte.
E
desta forma, o ato de desespero se consolida na infeliz iniciativa de antecipar
seu desencarne.
Diferente
do que se supõe, o que encontra após o decesso do corpo físico, são mais
problemas do que soluções. É certo que os sofrimentos não cessarão, pois
instalaram-se no espírito, e este é eterno.
As
feridas continuarão abertas até que a misericórdia divina, balizada pela
sucessividade das experiências dentro e fora da carne, se incumba de cicatrizá-las,
e elas certamente cicatrizarão.
Não
nos compete julgar a atitude dos irmãozinhos que optaram por este equivocado
caminho.
Não
nos compete especular motivos ou alimentar questionamentos sobre a atitude
tomada pelo irmão de jornada.
O
sentimento de racionalidade à luz da doutrina que professamos também nos aponta
que não há razões para remorsos, sentimento de culpa ou definição de
responsabilidades pelo ato cometido por outrem.
O que
prevaleceu foi o livre arbítrio, esta liberdade que Deus nos concede para
definirmos nossos passos.
Assim,
dentro do espírito de caridade a que somos chamados a refletir e atuar,
cumpramos nosso papel na disseminação da fé, no compartilhamento da solidariedade
e no desdobramento da prece.
Amigos
queridos estarão trabalhando no Plano Espiritual para abrandar a dor dos que
partem antecipando sua viagem nesta triste circunstância.
Eles,
os benfeitores espirituais, necessitam da matéria prima do nosso amor, da nossa
compreensão, da nossa indulgência e da nossa perseverança na fé, para que
possam manipular os fluidos benéficos e revitalizadores em prol daquele que
partiu.
Que
nossos corações, embora estraçalhados pela dor, possam cumprir o papel de
gerador de energias positivas potencializadas pelo combustível do amor, e que
entrelaçados, possam criar uma rede de Paz e de conforto não somente para quem
partiu, mas para todos nós que aqui permanecemos na nossa caminhada.
E que a Luz de Jesus, nosso guia e modelo, nos ilumine a todos.
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