A humanidade vive imersa em um oceano de informações, disseminadas e potencializadas pela presença constante da alta tecnologia em todos os segmentos do relacionamento humano.
As redes sociais, a globalização das notícias em tempo real, o fenômeno da internet afetam de tal forma o cotidiano das pessoas que, robotizadas, agem autômatas e dependentes do sistema que as estimulam a estarem sempre conectadas.
Se não estiverem "plugadas" sentem-se deslocadas, sem rumo, perdem a identidade, ficam incomodadas, insatisfeitas, inquietas.
Podemos dizer que hoje a humanidade, em todo o planeta, vive um paradoxo importante, onde a tecnologia acabou aproximando os que estão distantes e afastando os que estão perto.
Antigamente as pessoas encontravam-se pessoalmente para conversar, trocar experiências, compartilhar emoções.
O que se presenciava em uma roda de amigos era alegria, descontração, brincadeiras e calor humano.
Hoje é comum presenciarmos numa roda de amigos uma cena lamentável. Pessoas silenciosas, com a cabeça vergada para a frente, segurando os celulares, olhar fico na tela do aparelho e os dedos polegares digitando freneticamente.
Cada um daqueles que estão reunidos para uma confraternização entre amigos, permanece em silêncio, mergulhados no seu próprio mundo e na sua "rede social".
O relacionamento virtual passou a ser mais importante e a ter mais atrativos do que o relacionamento pessoal (presencial).
E o pior, isso está começando cada vez mais cedo.
Crianças que mal conseguem falar ou andar, já ostentam seus "tablets"ou utilizam o "smartphone" da mãe com tamanha naturalidade e habilidade que chegam a assustar.
E assim, os próprios pais já começam desde cedo a criar um condicionamento nefasto que afetará a vida daquela criança pelo resto da vida. Ela se tornará, inevitavelmente, mais uma pessoa viciada em redes sociais e terá muita dificuldade para se livrar disso no futuro.
Tecnologia é importante. Agrega facilidades e recursos fantásticos no nosso dia a dia. É impossível não reconhecer seus benefícios.
Há de se considerar entretanto que nada substitui o aconchego de um abraço, a magia de um olhar, a sensação gratificante de um aperto de mão.
O ser humano vive de emoções e sensações físicas que o universo virtual não consegue reproduzir nem substituir, não nos esqueçamos disso.
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