Um cidadão caminhava às margens de uma movimentada rodovia, pelo acostamento, na contramão, indo de encontro aos carros que vinham em sua direção e passavam apressadamente ao seu lado.
Fazia isso porque na contramão, conseguia enxergar os veículos que vinham, prevenindo-se contra eventuais atropelamentos, pois no caso de algum problema, conseguiria se esquivar.
Caminhou o dia inteiro nesta condição, até que a tarde chegou e logo depois a noite, que tornou seu caminho totalmente escuro.
De frente para os carros, percebeu que à cada novo veículo que vinha, suas vistas ficavam ofuscadas, impedindo-o de enxergar por alguns segundo.
Como o trânsito era intenso, caminhava praticamente sem ver onde pisava, mesmo tendo todo o clarão à sua frente.
Como o trânsito era intenso, caminhava praticamente sem ver onde pisava, mesmo tendo todo o clarão à sua frente.
Foi que então resolveu atravessar e caminhar na mesma direção dos carros.
O clarão, vindo de trás, tanto lhe servia de alerta da aproximação dos veículos, quanto lhe clareava a via, sem ofuscá-lo.
O clarão, vindo de trás, tanto lhe servia de alerta da aproximação dos veículos, quanto lhe clareava a via, sem ofuscá-lo.
Trazendo este cenário para o campo das nossas reflexões, podemos considerar que a luz do conhecimento e das descobertas, quando direcionada de forma inadequada e com intensidade desmedida, poderá ofuscar nosso interlocutor, deixando-o confuso e perdido.
Assim, no terreno das crenças, se desejamos compartilhar a luz do conhecimento Espírita, que derruba paradigmas e mexe com as estruturas do ser cósmico em evolução, muitas das vezes condicionado à dogmas e misticismos, precisamos dosá-la com amor.
Clarear sem ofuscar.
Esclarecer sem perturbar.
Influenciar muito mais pelos exemplos do que pelas palavras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário