Caminhava um andarilho por uma estrada longa e deserta, quando avistou à sua frente um outro caminheiro na direção contrária.
Parou e perguntou ao mesmo se de onde este viera, existia algo que realmente justificasse que ele prosseguisse naquela direção, pois caminhava há dias e nada de interessante encontrara.
Animou-se quando foi informado que encontraria um belo rio com cachoeiras e lindos pontos de água tranqüila para se banhar.
Ficou ainda mais empolgado quando aquele desconhecido o informou que existia também às margens do rio, um pomar com frutas diversas e deliciosas e um vale com paisagens de tirar o fôlego.
Com essa expectativa, aquele andarilho animou-se, voltaram suas energias, os olhos brilharam de vibração e ele seguiu adiante despedindo-se do irmão de estrada.
Caminhou por três longos dias e nada encontrou. Suas provisões já estavam se esgotando e o desânimo tomava conta do seu espírito, quando avistou ao longe, alguém vindo em sua direção.
Para sua surpresa, era a mesma pessoa. Parou e fez a mesma pergunta e teve as mesmas respostas daquele indivíduo que o tratou como se nunca tivessem se encontrado.
Percebeu então que andava em círculos, pois aquela estrada não o levaria a lugar nenhum e aquele indivíduo era um louco.
Assim é nossa vida.
Quando ficamos perdidos, andando em círculos com nossas indefinições, muitas das vezes perdemos a noção da razão e damos ouvidos aos tolos, marcando passo no mesmo lugar, e não chegamos a lugar algum.
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