Somos todos médiuns universais, ou seja, o tempo todo interagimos com nossos irmãos desencanados.
Quer queiramos ou não, quer aceitemos ou não, quer acreditemos ou não, estaremos invariavelmente sob a influência de mentes que se alinham conosco pela lei da afinidade.
Boa parte dos nossos pensamentos não são (somente) nossos.
Uma parcela considerável dos nossos sentimentos, percepções e emoções estão sempre influenciados ou potencializados por seres invisíveis que nos rodeiam diuturnamente.
Por isso, seguir a recomendação do Mestre Jesus, vigiando e orando, sempre será a melhor forma de nós mantermos em equilíbrio.
Invertendo o ditado popular, sob a ótica do Espiritismo podemos dizer: "Diga-me quem és e te direi com quem andas."
terça-feira, 6 de junho de 2017
segunda-feira, 5 de junho de 2017
SEGUIR ADIANTE
Retornar à matéria densa após desfrutar de horas agradáveis no desdobramento do sono, não é sensação das mais confortáveis.
Nossa essência espiritual reluta em voltar à prisão da matéria densa e limitadora, o sentimento é de desânimo, os desafios nos intimidam, a vontade é voltar para cama.
No entanto, a tarefa redentora do aprendizado na carne nos chama a buscarmos força e coragem para avançarmos na nossa jornada rumo à evolução.
Busquemos nos fortalecer na prece sincera, foquemos nossas energias no bem, reflitamos sobre a bênção da reencarnação e sigamos adiante.
Lembremos sempre que não estamos sozinhos.
O amigo incondicional de nossas almas, o meigo Rabi da Galiléia estará conosco sempre a nos guiar, nos mostrando o caminho seguro a seguir.
sábado, 3 de junho de 2017
NOS MOMENTOS DIFÍCEIS
Na condição de espíritos encarnados estagiando neste planeta escola, somos direcionados às mais diversificadas experiências e cada uma delas tem um papel fundamental no nosso aprendizado.
Algumas experiências estão diretamente relacionadas às nossas opções e são decididas racionalmente.
Podemos optar por avançar no caminho do bem, exercitando nossas posturas na busca do crescimento das nossas virtudes e na correção das nossas imperfeições.
Se o fizermos desta forma estaremos, com certeza, reduzindo a probabilidade de aprendermos pela pior forma, que é através da dor e do sofrimento.
No entanto, na nossa condição de espíritos imperfeitos e endividados, dificilmente conseguimos aprender tudo desta forma.
Na verdade nossas inclinações equivocadas nos levam, na maioria das vezes, a vivenciar cenários e experiências onde o sofrimento, a decepção e as frustrações passam a ser nossos melhores professores.
Não raro, diante destas situações, companheiros de jornada se perdem no desespero, se atiram nos quadros profundos de depressão, se entregam aos pensamentos lúgubres de autodestruição e flagelos físicos e espirituais.
Nestes momentos em que as "provas e expiações" se manifestam de forma mais agudas e por vezes dolorosas, a única forma de se retomar as rédeas da vida é através da consciente introspeção.
É o momento de voltarmos para dentro de nós próprios, buscarmos nossa essência espiritual, refletirmos sobre nossa postura ao longo dos janeiros já vividos na matéria.
É o momento de analisarmos se a nau da nossa existência tem sido norteada pela bússola da razão, neste imensurável oceano de emoções, sensações e sentimentos.
E sobretudo... é o momento da correção de rumo, da revisão dos conceitos, da percepção mais apurada daquilo que de fato é mais importante na nossa busca pelo essencial.
É o momento da nossa tão necessária e propalada Reforma Íntima.
Assim, se neste momento as nuvens cinzentas da insegurança, do insucesso e das decepções atormentam nossa paz interior, recobremos nossa consciência de que somos espíritos eternos.
Lembremo-nos de que somos espíritos eternos vivenciando mais uma das nossas rápidas passagens pela matéria e que as oportunidades de aprendizado não podem ser desperdiçadas.
E o mais importante. Tudo passa!
Com fé no futuro e no nosso poder de superação, com certeza somos capazes de enfrentar os desafios e as vicissitudes, sobretudo porque jamais estaremos sozinhos.
Carreguemos nossa cruz com dignidade pois Deus está no comando de todas as coisas e Jesus, nosso guia e modelo, amigo incondicional de nossas almas, jamais nos abandona nesta nossa abençoada jornada rumo à evolução.
sábado, 27 de maio de 2017
VELHICE
Normalmente quando avançamos na contagem cronológica dos anos e atingimos a marca de meio século, começamos a refletir sobre aquilo que invariavelmente nos espera, a VELHICE.
Não raro começamos a refletir que ao atingirmos a marca das cinco décadas, já "caminhamos para a segunda metade da vida".
Preocupações com a saúde, com as limitações do corpo, com as condições financeiras, uma vez que se aproxima o momento em que não mais seremos tão produtivos no mercado de trabalho, aposentadoria, etc., passam a ocupar nossas mentes.
Via de regra começamos a lamentar este cenário que gradativamente se aproxima da nossa realidade e não são raros os casos de inquietações e ansiedades.
Se pararmos para analisar com serenidade esta situação, veremos claramente que o grande motivo das inseguranças com o porvir se dá por conta do nosso foco excessivo na matéria.
É comum olvidarmos que somos espíritos eternos, portanto imortais.
Há de se ressaltar que o que está envelhecendo e perdendo o viço da juventude não sou "EU", mas o acessório físico que utilizo na presente encarnação e que denominamos "CORPO", apenas isso.
A ferramenta, o acessório que disponho temporariamente e que é trocado à cada nova reencarnação, este é que vai se desgastando aos poucos até não possuir mais condições de animar a minha essência espiritual neste plano, esta é a realidade.
EU, espírito imortal, estou e continuarei vivo, mantendo toda minha individualidade e vigor espiritual, não obstante a condição do corpo material.
Portanto, não existe decrepitude para minha essência espiritual.
Nosso processo de aprendizado na carne precisa necessariamente passar pelas fases de infância, adolescência, fase adulta e, claro, pela velhice.
Casa uma dessas fases trazem experiências e lições preciosas para o amadurecimento da nossa essência, que somente são possíveis de serem vivenciadas nas diferentes faixas etárias a que estamos sujeito.
Assim, a pureza e a inocência da infância gradativamente é substituída pelos arroubos de emoções da adolescência, bombardeada por cargas expressivas de hormônios.
Em seguida a fase adulta se aproxima, chamando-nos à um volume de responsabilidades e compromissos que ocupam a totalidade de nossas atenções.
A formação da família e a necessidade de sustentá-la, a educação dos filhos, a questão profissional, a formação acadêmica, tudo isso torna nossa fase adulta conturbada e estressante.
Depois, com o passar dos janeiros e o aproximar da maturidade, já começamos a desacelerar nosso metabolismo, a refletir sobre as coisas realmente importantes no contexto de nossa vida espiritual, a valorizar mais "a quem temos" do que "o que temos".
O processo é de lenta introspecção e muitas das vezes descobrimos uma coisa interessante sobre a qual nunca tínhamos pensado antes.
Descobrimos que na nossa jornada aprendemos muitas coisas.
Descemos o nível da nossa observação e identificamos que aprendemos muitas coisas boas, mas infelizmente, neste bojo também vieram muitas coisas ruins, as quais precisamos nos desvencilhar.
Neste momento a vida nos oferece uma oportunidade preciosa, a maturidade, a serenidade e a disposição racional de desaprender.
Sentimo-nos intuídos a desaprender o excesso de apego à matéria.
Somos inclinados a desaprender sentimentos de mágoa, melindres e vaidades.
Vamos desaprendendo e retirando da nossa bagagem o peso das das nossas imperfeições e somos convidados a fazer crescer nossas virtudes na serenidade do ocaso da vida na carne.
Assim, quando percebermos que a velhice se aproxima, enchamos nossos corações de alegria, pois aproxima-se o momento da sairmos do torvelinho das emoções exaltadas e praticarmos o arremate final da nossa reforma íntima neste nosso momento alvissareiro de mergulho para dentro de nós mesmos.
Preocupações com a saúde, com as limitações do corpo, com as condições financeiras, uma vez que se aproxima o momento em que não mais seremos tão produtivos no mercado de trabalho, aposentadoria, etc., passam a ocupar nossas mentes.
Via de regra começamos a lamentar este cenário que gradativamente se aproxima da nossa realidade e não são raros os casos de inquietações e ansiedades.
Se pararmos para analisar com serenidade esta situação, veremos claramente que o grande motivo das inseguranças com o porvir se dá por conta do nosso foco excessivo na matéria.
É comum olvidarmos que somos espíritos eternos, portanto imortais.
Há de se ressaltar que o que está envelhecendo e perdendo o viço da juventude não sou "EU", mas o acessório físico que utilizo na presente encarnação e que denominamos "CORPO", apenas isso.
A ferramenta, o acessório que disponho temporariamente e que é trocado à cada nova reencarnação, este é que vai se desgastando aos poucos até não possuir mais condições de animar a minha essência espiritual neste plano, esta é a realidade.
EU, espírito imortal, estou e continuarei vivo, mantendo toda minha individualidade e vigor espiritual, não obstante a condição do corpo material.
Portanto, não existe decrepitude para minha essência espiritual.
Nosso processo de aprendizado na carne precisa necessariamente passar pelas fases de infância, adolescência, fase adulta e, claro, pela velhice.
Casa uma dessas fases trazem experiências e lições preciosas para o amadurecimento da nossa essência, que somente são possíveis de serem vivenciadas nas diferentes faixas etárias a que estamos sujeito.
Assim, a pureza e a inocência da infância gradativamente é substituída pelos arroubos de emoções da adolescência, bombardeada por cargas expressivas de hormônios.
Em seguida a fase adulta se aproxima, chamando-nos à um volume de responsabilidades e compromissos que ocupam a totalidade de nossas atenções.
A formação da família e a necessidade de sustentá-la, a educação dos filhos, a questão profissional, a formação acadêmica, tudo isso torna nossa fase adulta conturbada e estressante.
Depois, com o passar dos janeiros e o aproximar da maturidade, já começamos a desacelerar nosso metabolismo, a refletir sobre as coisas realmente importantes no contexto de nossa vida espiritual, a valorizar mais "a quem temos" do que "o que temos".
O processo é de lenta introspecção e muitas das vezes descobrimos uma coisa interessante sobre a qual nunca tínhamos pensado antes.
Descobrimos que na nossa jornada aprendemos muitas coisas.
Descemos o nível da nossa observação e identificamos que aprendemos muitas coisas boas, mas infelizmente, neste bojo também vieram muitas coisas ruins, as quais precisamos nos desvencilhar.
Neste momento a vida nos oferece uma oportunidade preciosa, a maturidade, a serenidade e a disposição racional de desaprender.
Sentimo-nos intuídos a desaprender o excesso de apego à matéria.
Somos inclinados a desaprender sentimentos de mágoa, melindres e vaidades.
Vamos desaprendendo e retirando da nossa bagagem o peso das das nossas imperfeições e somos convidados a fazer crescer nossas virtudes na serenidade do ocaso da vida na carne.
Assim, quando percebermos que a velhice se aproxima, enchamos nossos corações de alegria, pois aproxima-se o momento da sairmos do torvelinho das emoções exaltadas e praticarmos o arremate final da nossa reforma íntima neste nosso momento alvissareiro de mergulho para dentro de nós mesmos.
segunda-feira, 3 de abril de 2017
QUANDO ...
QUANDO ...
Quando compreendermos que vingança, ódio, desespero, inveja ou ciúme são doenças claramente ajustáveis á patologia da mente, requisitando amor e não o revide...
Quando interpretarmos nossos irmãos delinquentes por enfermos da alma, solicitando segregação para tratamento e reeducação e não censura ou castigo...
Quando observarmos na caridade simples dever...
Quando nos aceitarmos na condição de espíritos em evolução, ainda portadores de múltiplas deficiências e que, por isso mesmo, o erro do próximo poderia ser debitado á conta de nossas próprias fraquezas...
Quando percebermos que os nossos problemas e as nossas dores não são maiores que os de nossos vizinhos...
Quando nos certificarmos de que a fogueira do mal deve ser extinta na fonte permanente do bem...
Quando nos capacitarmos de que a prática incessante do serviço aos outros é o dissolvente infalível de todas as nossas mágoas...
Quando nos submetermos à lei do trabalho, dando de nós sem pensar em nós, no que tange a facilidades imediatas...
Quando abraçarmos a tarefa da paz, buscando apagar o incêndio da irritação ou da cólera com a bênção do socorro fraternal e abstendo-nos de usar o querosene da discórdia...
Quando, enfim, nos enlaçarmos, na experiência comum, na posição de filhos de Deus e irmãos autênticos uns dos outros, esquecendo as nossas faltas recíprocas e cooperando na oficina do auxílio mútuo, sem reclamações e sem queixas, a reconhecer que o mais forte é o apoio do mais fraco e que o mais culto é o amparo do companheiro menos culto, então, o egoísmo terá desaparecido da Terra, para que o Reino do Amor se estabeleça, definitivo, em nossos corações.
-Chico Xavier/André Luiz - do livro Paz e Renovação
quinta-feira, 30 de março de 2017
CLAREAR SEM OFUSCAR
Um cidadão caminhava às margens de uma movimentada rodovia, pelo acostamento, na contramão, indo de encontro aos carros que vinham em sua direção e passavam apressadamente ao seu lado.
Fazia isso porque na contramão, conseguia enxergar os veículos que vinham, prevenindo-se contra eventuais atropelamentos, pois no caso de algum problema, conseguiria se esquivar.
Caminhou o dia inteiro nesta condição, até que a tarde chegou e logo depois a noite, que tornou seu caminho totalmente escuro.
De frente para os carros, percebeu que à cada novo veículo que vinha, suas vistas ficavam ofuscadas, impedindo-o de enxergar por alguns segundo.
Como o trânsito era intenso, caminhava praticamente sem ver onde pisava, mesmo tendo todo o clarão à sua frente.
Como o trânsito era intenso, caminhava praticamente sem ver onde pisava, mesmo tendo todo o clarão à sua frente.
Foi que então resolveu atravessar e caminhar na mesma direção dos carros.
O clarão, vindo de trás, tanto lhe servia de alerta da aproximação dos veículos, quanto lhe clareava a via, sem ofuscá-lo.
O clarão, vindo de trás, tanto lhe servia de alerta da aproximação dos veículos, quanto lhe clareava a via, sem ofuscá-lo.
Trazendo este cenário para o campo das nossas reflexões, podemos considerar que a luz do conhecimento e das descobertas, quando direcionada de forma inadequada e com intensidade desmedida, poderá ofuscar nosso interlocutor, deixando-o confuso e perdido.
Assim, no terreno das crenças, se desejamos compartilhar a luz do conhecimento Espírita, que derruba paradigmas e mexe com as estruturas do ser cósmico em evolução, muitas das vezes condicionado à dogmas e misticismos, precisamos dosá-la com amor.
Clarear sem ofuscar.
Esclarecer sem perturbar.
Influenciar muito mais pelos exemplos do que pelas palavras.
quarta-feira, 29 de março de 2017
VIVER É UM EXERCÍCIO DE APRENDIZADO
Viver é um exercício de aprendizado contínuo.
Na matéria, aprendemos desde que inflamos nossos pulmões de ar pela primeira vez até o nosso último suspiro.
E dentro deste processo ininterrupto de aprendizagem, vamos gradativamente assimilando experiências, nem sempre agradáveis aos sentidos, mas todas necessárias ao nosso burilamento.
Vamos aprendendo que nossas teimosias, nossos azedumes e os destemperos emocionais a que somos sujeitos nada acrescentam ao nosso processo de crescimento.
Vamos assimilando que nossa prepotência, nossa arrogância, nosso orgulho e vaidade, em nada contribuem para a nossa evolução.
Vamos entendendo que nenhum ser humano é uma "ilha" e que todos nós temos a necessidade de nos relacionar com aqueles que nos cercam, para troca de conhecimentos, informações, e sobretudo, sentimentos.
Vamos percebendo que nossas queixas, nossa revolta e nossa indignação diante dos processos dolorosos da nossa existência, somente contribuirão para agravar nosso quadro de desequilíbrio, levando-nos a processos de melancolia e desalento.
Quando nos dermos conta de que somos nós próprios que escolhemos a cor com que desejamos colorir os cenários da nossa existência.
Quando nos convencermos de que somos senhores do nosso próprio destino e que não passamos por nada que de fato não mereçamos.
Quando aceitarmos os cenários mais difíceis da nossa existência como oportunidades de crescimento e evolução no campo do espírito.
Ai certamente seremos levados à compreensão de que somos seres integrais. Espíritos eternos apenas estagiando por este planeta escola, onde colheremos os frutos do que plantamos em vidas pregressas e teremos a oportunidade de novas semeaduras para as vidas futuras.
segunda-feira, 27 de março de 2017
CARIDADE NOS PEQUENOS ATOS
Temos desejos de grandes realizações no terreno das atividades beneficentes e no campo da solidariedade humana.
No entanto, somos capazes de passar indiferentes ao irmãozinho de jornada que, com o olhar faminto nos estende as mãos, implorando uma migalha de pão.
Alimentamos a intenção de desenvolver potencialidade intelectuais e aprimorarmos o verbo na busca do conhecimento, com o intuito de buscarmos a tribuna para divulgar a Doutrina Libertadora de Consciência.
No entanto, somos incapazes de dirigir uma palavra de alento e estímulo aos irmãos carentes, que vergados sob o peso das vicissitudes nos procuram para aplacar a dor da solidão e da desdita que por vezes os acompanha.
Recorremos ao Pai solicitando força e coragem para os enfrentamentos do nosso cotidiano, para que nossos eventuais fracassos não nos desestimulem a seguir adiante.
No entanto, somos incapazes de estender nossas mãos aos nossos irmãos que, fustigados pelos açoites da vida, nos clamam o bálsamo da piedade para suavizar as dores das suas feridas.
Se não somos capazes de praticar a caridade nas pequeninas oportunidades que surgem à cada momento, será ilusão almejarmos grandes feitos no terreno caritativo.
Os exemplos do Cristo nos mostram que é justamente na sutileza dos nossos atos que preparamos nossos corações para galgarmos maiores realizações no terreno da solidariedade.
domingo, 26 de março de 2017
A LUTA DO COTIDIANO
É
verdade, lutamos o tempo todo para ver se conseguimos manter uma sensação prazerosa de
alegria nas nossas vidas.
É certo
que nossa mente trabalha o tempo todo buscando um mecanismo para que tentemos nos esquivar das nossas frustrações, nossos medos, nossas ansiedades.
É indiscutível
que os cenários da nossa existência estão há anos luz daquilo que gostaríamos,
pois na verdade nossa ânsia de querer o diferente, de estar mergulhado em outra
realidade, de buscar episódios novos, inéditos e alvissareiros é constante.
É do
ser humano este sentimento de inconformação, é inevitável e faz parte da nossa
existência.
É como
se sentíssemos saudades de algo que não vivemos e de sensações que ainda não
vivenciamos.
Na verdade boa parte disso se deve mesmo à saudade, mesmo que inconsciente
que temos da nossa verdadeira vida na pátria espiritual.
O
cotidiano nos impõe rotinas cansativas, as responsabilidades pesam sobe nossos
ombros, as inquietações perturbam nosso sossego.
Viver mergulhado neste cenário
nos desgasta, compromete nossa vivacidade, nossas energias.
É por
isso que precisamos entender as leis que regem este mecanismo existencial de
seres cósmicos que somos, viajando no tempo e no espaço.
O
apóstolo João já nos alertou: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
”
Assim,
a busca pela verdade é na verdade a busca pela nossa libertação.
Entender
os mecanismos que regem as nossas sucessivas oportunidades de retorno à
matéria, entender a lei de Causa e Efeito, de Ação e Reação, entender a Lei de
Retorno implacável a que estamos sujeitos é primordial para que as nuvens
escuras da dúvida sejam dissipadas das nossas vidas.
Estamos
todos nós no lugar certo, no momento adequado, com as pessoas corretas e vivendo as
situações propícias ao nosso aprimoramento.
Por mais difíceis que possam
parecer nossos dias, disso que precisamos neste momento para alavancar nosso
crescimento.
Não
existem acasos, coincidências, desgraças, sorte ou azar.
Existe
sim a Providência Divina intercedendo a nosso favor e criando as condições
necessárias para nosso aprendizado, apenas isso.
Entendamos
isso, assimilemos estes conceitos, procuremos enxergar além do horizonte, pois
nossa passagem pela matéria é rápida e não tarda retornaremos para a Pátria
Espiritual para sermos avaliados e também avaliarmos nossa performance neste
Planeta Escola.
Assim,
levantemos a cabeça, ergamos nossa fronte, olhemos para a frente e para o alto
e sigamos adiante.
Um
passo de cada vez, mas sigamos sempre, sem fraquejarmos.
E
plantemos, plantemos as sementes do bem para que quando a colheita vier, possamos
nos deleitar com seus resultados.
A FELICIDADE ESTÁ NAS COISAS SIMPLES
Em uma dessas conversas descontraídas entre amigos de infância, num momento de descontração, acabamos nos lembrando de um dos nossos colegas de classe do tempo do "colegial" e de um episódio que se eternizou em nossas memórias.
A maioria de nós vinha de famílias pobres, existia uma grande dificuldade para que nossos pais conseguissem nos manter na escola porque faltava dinheiro até mesmo para comprar os lápis e cadernos, mas isso não acontecia com o colega que nos veio à mente naquele momento.
Aquele nosso colega, que trazia um sobrenome conhecido e afamado na cidade, era levado para a escola em carros luxuosíssimos, vestia-se bem (o uniforme era impecavelmente limpo, passado, confeccionado com tecidos de excelente qualidade e parecia que tinha uma peça para cada dia da semana).
Como era de se esperar, Luis Fernando (este era seu nome), vivia assediado pelas meninas mais bonitas do colégio e convidado a participar de todos as brincadeiras no intervalo e de todos os grupos que se formavam em classe para elaboração de trabalhos.
Eu fazia parte de um pequeno grupo, de filhos de ferroviários.
Morávamos nas "Casas da Turma", onde residiam os trabalhadores que cuidavam da via permanente (manutenção da linha), tínhamos pouco contato com ele, mal nos falávamos.
Na verdade sentíamos um pouco de inveja dele (principalmente porque as garotas somente tinham olhos para ele e sequer nos notavam, tratando-nos com total indiferença).
O "riquinho" da classe não fazia parte do nosso grupo de amigos
Estudamos três ou quatro anos juntos, na mesma classe, mas a distância entre nós era gigantesca, não porque ele fosse arrogante ou ostentasse sua condição social, mas de fato não nos sentíamos à vontade para estar com ele.
Um belo dia nosso grupo estava sentado no pátio, bem aos fundos da quadra esportiva que ali existia, brincando, dando gostosas gargalhadas das palhaçadas de um dos nossos, quando o Luis Fernando se aproximou.
Estranhamos, a surpresa foi tanta que até paramos nossas brincadeiras.
Ele se aproximou, muito educado pediu licença, após acenarmos com a cabeça concordando com sua presença ele puxou um lenço do bolso, forrou o degrau onde estávamos sentados, sentou-se conosco, esboçou um sorriso e disse com simpatia e simplicidade:
- Me ensinem a ser felizes como vocês são. Vocês dão risadas o tempo todo, se divertem com qualquer coisa, nunca se separam, de onde vem esta alegria?
A pergunta nos pegou de surpresa porque na verdade nunca tínhamos pensado nisso (nem percebido).
Não sabíamos o que responder, ficamos olhando um para a cara do outro e para variar, demos gostosas gargalhadas.
Ele riu junto, começou a participar das nossas brincadeiras de trocadilhos e piadas até bater o sinal e retornarmos à sala de aula.
A partir daquele dia, Luis Fernando sempre fugia do assédio das meninas bonitas que o rodeavam, optando por ficar conosco nos intervalos.
Um belo dia arriscou-se até mesmo a jogar uma "pelada" conosco na quadra, correndo sem jeito com aquela roupa toda "engomada".
Esta foi sua "cerimônia de iniciação ao grupo". Depois daquele dia em que levou umas caneladas e acabou rasgando o joelho da calça num dos seus tombos, integrou-se ao nosso grupo e tornou-se nosso amigo.
A cena se repetiu durante meses, ele não mais se afastou de nós.
No encerramento do ano letivo, eis que no intervalo, chega o tal carro luxuosíssimo e para na porta da escola.
Observamos apreensivos que do carro desce uma senhora vestida como se fosse à um "baile na corte", atravessa a quadra e vem em nossa direção.
Ficamos assustados, pois achamos que seríamos repreendidos por ela, afinal o Luis ultimamente não estava voltando para casa tão limpinho e alinhado como antes. Nos encolhemos no nosso canto e esperamos que ela se dirigisse à nós. O Luiz Fernando estava conosco e também se surpreendeu com a presença da mãe que viera sem avisá-lo.
Diferente do que imaginamos, ela chegou sorridente, o motorista a acompanhava com alguns pacotes. Ela abraçou e beijou o filho e disse ao garoto:
- Apresente-me seus amigos, filho!
Ele nos apresentou, ela apertou a mão de cada um de nós, nos chamou pelo nome e entregou um daqueles pacotes (um presente), abraçando-nos (sempre sorridente) e nos disse:
- Vim para agradecer porque vocês aceitaram meu filho no grupo. Ele sempre me falou da alegria e da bonita união que ele via em vocês, mas que não tinha coragem de procurá-los.
- Sempre me dizia que queria fazer parte para aprender a ser feliz como vocês e após o dia em que ele teve a coragem de procurá-los, meu filho se tornou uma outra pessoa.
- Vocês conseguiram proporcionar a ele um sentimento, uma emoção, uma empolgação de viver, que mesmo com todas nossas posses jamais conseguimos.
Nos abraçou em lágrimas, beijou nossos rostos suados e empoeirados, despediu-se do filho, retornou ao carro acenando sorridente e foi-se dando tchauzinhos pela janela.
Após alguns segundos em silêncio, olhamo-nos uns aos outros, envolvemos o Luis Fernando num abraço coletivo, colocamos o presente num cantinho da quadra (nem abrimos) e dando gostosas gargalhadas arregassamos as barras das calças e fomos jogar bola.
Hoje, após cinco décadas deste episódio, reflito o quanto é verdadeira a frase que diz:
"A felicidade encontra-se escondida nas coisas simples da vida. Enquanto nos perdermos na ilusão de procurá-la nas complexidades do cotidiano, estaremos brincando de "esconde esconde" com a alegria"
sábado, 25 de março de 2017
ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO
Hoje um amigo me perguntou se eu era "Espiritualista", pois tem visto meus posts e, segundo ele, tomou "coragem para me perguntar".
Achei engraçada a abordagem dele e o esclareci definindo claramente:
Sou ESPÍRITA !
E conclui: "Tão espiritualista quanto você, que é protestante, pois todo aquele que crê que após o decesso do corpo físico resta algo que permanece vivo, este é Espiritualista."
Acho muito importante que nós, profitentes da Doutrina codificada pelo Mestre de Lyon, deixemos claro estes conceitos:
SOMOS ESPÍRITAS !
SOMOS CRISTÃOS !
E Espiritualistas como todos aqueles que crêem na imortalidade da alma.
PROSSEGUIR SEMPRE
À vezes tenho saudades do "ontem", mas esta saudade restringe-se à algumas situações, pessoas e lugares, apenas isso.
Não tenho "saudades de mim" porque ao refletir sobre meus passos, concluo que o "cadinho da vida" acabou temperando minha essência e hoje consigo ver que consegui aprender algumas coisas que me tornaram melhor.
Diante desta constatação, procuro seguir minha jornada empenhando-se para aparar as arestas da minha personalidade, do meu caráter, da minha postura diante da vida, pois sei que o meu objetivo é ser melhor à cada dia.
A luta é difícil por conta das toneladas de imperfeições que trago comigo e embora me pese no ombro, continuo insistindo em carregá-las. O processo de reforma íntima requer disciplina, perseverança, vontade e convicção.
É certo que ainda serão necessárias incontáveis reencarnações até que consigamos atingir o grau evolutivo que almejamos para que sejamos espíritos felizes, mas o segredo é seguir adiante, dando um passo de cada vez, olhando sempre para frente e para o alto.
E não nos esqueçamos nunca! Temos um Guia e Modelo para nos mostrar o caminho, basta que sigamos sua luz.
E esta LUZ....É CLARO QUE É JESUS!
domingo, 29 de janeiro de 2017
GATILHOS COMPORTAMENTAIS
Hoje,
ao acordar, veio-me à mente uma reflexão interessante.
Pensei
nos “gatilhos comportamentais” que são utilizados por nós, mesmo de forma
inconsciente, mas que desempenham um papel fundamental no nosso processo de
estímulo diante dos cenários que se descortinam na janela da nossa existência.
Analisemos,
por exemplo, a questão do nosso labor profissional:
É
imperativo que exerçamos uma atividade que nos garanta a subsistência no
terreno material, quer queiramos ou não, quer estejamos satisfeitos ou não, quer
ele nos traga realizações ou frustrações.
É
indiscutível ainda, que uma grande parte das pessoas acaba aceitando esta ou
aquela atividade profissional, não que tenha sonhado com ela, ou a tenha
escolhido como a profissão da sua vida, mas por necessidade mesmo, por falta de
opção.
Submete-se àquela ocupação porque não tem outra alternativa no momento e
precisa sobreviver, sustentar a família, honrar seus compromissos financeiros.
Assim,
o indivíduo acaba colocando em segundo plano suas aspirações e projetos no
terreno da opção profissional e é obrigado a colocar foco na atividade que
desempenha.
Seu
gatilho, neste caso é a NECESSIDADE.
Se
possuir uma boa dose de inteligência emocional, mesmo não fazendo o que gosta,
aprenderá a gostar do que faz.
Aprendendo a gostar, o trabalho se lhe
apresentará menos difícil e por mais sacrifícios que exija, lhe proporcionará prazer
e realização.
Temos
ainda no terreno profissional uma outra situação.
Uma
vez já inserido no contexto daquela atividade e já tendo exercido durante algum
tempo as tarefas para as quais foi contratado, uma vez as dificuldades iniciais
já superadas, começa a desenhar-se no seu cotidiano um processo de monotonia
que o leva ao tédio.
Mais
uma vez se faz necessário aí a presença da imprescindível inteligência
emocional.
O indivíduo precisa trabalhar sua mente na busca de melhoria
contínua, no descobrimento de novos métodos e processos, colocar sua
criatividade em prol da criação de um cenário desafiador a cada novo dia.
Este gatilho recebe o nome de MOTIVAÇÃO.
Repercutindo
o tema para o terreno das nossas emoções e voltando a reflexão para o terreno
de nossa Reforma Íntima, veremos que a situação não é diferente.
Vivemos
em um planeta de Provas e Expiações, mundo imperfeito que nos aprisiona na
matéria densa e grosseira e que tantos impeditivos e limitações nos
proporciona.
É
certo que gostaríamos de viver em outro cenário onde os impositivos da vida não
nos colocasse diante de tanta insegurança, tanta ansiedade, tantas dúvidas e
indagações.
É certo
que todos nós, no cerne das nossas aspirações, almejamos PAZ e ALEGRIA.
Ocorre
que estamos aqui, neste cenário hostil e às vezes até mesmo amedrontador, por
conta da nossa NECESSIDADE.
É este
o gatilho que nos arremessou para esta situação que nos parece tão penosa.
Portanto,
se ao invés de ficarmos lamentando as mazelas da imperfeição, buscarmos os
mecanismos para nosso processo interno de melhoria contínua, potencializando
nossa reforma íntima no desenvolvimento das nossas virtudes, veremos que nossa
caminhada passará a ser produtiva e promissora.
É o
gatilho da MOTIVAÇÃO arregimentando energias para que amanhã sejamos melhores
do que hoje.
Há de
se destacar, entretanto, o mais importante dos gatilhos que o ser humano deverá
considerar no seu processo de aprendizado rumo à evolução, tornando sua
passagem por este “Planeta Escola” uma experiência profícua.
Estamos
falando de um sentimento sublime, muitas das vezes tão sutil que acabamos
permitindo seja asfixiado pelo nosso orgulho, pelo nosso egotismo e pela nossa
indiferença.
Este
gatilho dispara dentro de nós a sensibilidade diante do sofrimento alheio e
daqueles, cujas mazelas são mais difíceis e doloridas que as nossas.
Este
gatilho desperta nas fibras mais íntimas do nosso espírito, um sentimento de
comiseração pela infelicidade de outrem, criando uma empatia que nos torna
solidários e benevolentes.
Este sentimento
chama-se PIEDADE e é capaz de alavancar aquela que é a maior das virtudes que necessitamos desenvolver, para que consigamos seguir adiante na nossa implacável jornada
evolutiva rumo à perfeição.
A
PIEDADE é o gatilho da CARIDADE.
E bem sabemos que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
sábado, 14 de janeiro de 2017
PENA DE MORTE, É JUSTO DESEJÁ-LA?
O ser humano encarnado que procura nortear suas atitudes pelos princípios cristãos; diante das cenas repugnantes de violência, crimes hediondos, desrespeito às diferenças e à propriedade alheia, muitas das vezes se sente tão indignado diante deste cenário, que acaba se entregando à pensamentos que não se coadunam com os princípios éticos que abraça.
Ao testemunhar tamanha insensatez por parte dos irmãos de jornada, que muitas das vezes de forma covarde e impiedosa buscam pela força e pela violência a realização de seus desejos insanos.
Ao observar a insanidade de nossos semelhantes, que movidos pela sede desenfreada de bens materiais e poder, passam por cima de todos valores éticos e morais que norteiam as relações humanas.
Ao presenciar as abomináveis posturas de mentes doentias que impiedosamente violentam, estupram, matam e torturam nem nenhuma piedade, torna-se muito difícil para nós, espíritos ainda imperfeitos e distantes das virtudes ensinadas pelo Cristo, não se deixar envolver por pensamentos carregados de ansiedade, medo, revolta, desejo de vingança e de justiça à qualquer preço.
E diante deste cenário é inevitável que desejemos, em alguns momentos, que se extirpe da face da Terra os protagonistas destes lamentáveis episódios, impedindo que estes insistam na prática de suas sandices.
Com foco no imediatismo que sempre norteia os temas inerentes à matéria, imediatamente nos vem à mente aquela que seria a solução para os problemas desta natureza, a Pena de Morte.
O que não podemos esquecer é que na verdade, a pena capital apenas conseguirá interromper o prosseguimento da vida do indivíduo na matéria e na presente reencarnação.
O único resultado da Pena de Morte será subtrair dele seu corpo físico de forma antecipada, no entanto, ele continuará vivo.
E vivo, ao perceber a situação, o espírito se tornará ainda mais revoltado e desejará com muito mais afinco, perseverar nas suas atitudes desenfreadas na disseminação do mal que habita sua essência.
Com certeza, por conta das afinidades espirituais já estabelecidas ainda enquanto encarnado, será imediatamente recrutado pelas Falanges das Trevas, engrossando as fileiras de espíritos desajustados que se comprazem no mal.
Fora do corpo físico que lhe conferia limitações e lhe restringia certas atitudes, agora com a liberdade própria do espírito desencarnado, terá ainda melhores condições de penetrar os mais variados ambientes e recintos.
No Plano Material potencializará energias nefastas, influenciará mentes em desalinho, repercutirá sua revolta e sede de vingança disseminando dolorosos processos obsessivos.
Continuará a fazer suas vítimas, incentivará a que outros façam aquilo que já não consegue fazer.
O decesso do seu corpo físico, ao invés de resolver um problema, agravou ainda mais a situação, uma vez que a morte, apontada como solução para o problema, na verdade não existe, é um grande engodo.
Se analisarmos a situação à luz da razão, refletindo com inteligência emocional e sem nos deixar envolver pela paixão desenfreada e pelos instintos repulsivos, compreenderemos a ineficácia da pena capital.
As estatísticas comprovam que em localidades onde ela é aplicada, a Pena de Morte não se consegue lograr êxito na redução da criminalidade. Se analisarmos sob a ótica da espiritualidade, ficará fácil entender os motivos da sua ineficácia.
Há de se considerar, finalmente, que se a "Morte" for considerada uma pena, estamos todos nós, por definição, já condenados, pois esta é a única certeza de que temos na vida. A certeza de que um dia "morreremos".
Há de se considerar, finalmente, que se a "Morte" for considerada uma pena, estamos todos nós, por definição, já condenados, pois esta é a única certeza de que temos na vida. A certeza de que um dia "morreremos".
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