Dia de Finados.
O costume estimula que as pessoas busquem as campas para homegearem seus entes queridos "mortos".
Túmulos se enchem de flores e velas, os cemitérios ficam lotados.
Esta movimentação toda em torno das sepulturas onde apenas estão presentes corpos pútridos e em decomposição, registram um dos hábitos mais macabros do ser humano.
Busca-se justamente o local de onde o espírito (que continua vivo) quer mais distância, para cultuar a sua memória.
Atraídos pelos pensamentos e sentimentos dos que buscam o cemitério neste dia, estes acabam acompanhando seus entes queridos até lá e relembrando as cenas tristes do dia da sua " morte" , do seu sepultamento e não raro observam seus cadáveres sendo consumidos pela ação do tempo.
Cenas tristes e desagradáveis que proporcionam ao espírito sensações de desconforto, esta prática deve ser evitada.
Se queremos homenagear aos nossos entes queridos desencarnados (nunca mortos), que o façamos no cenário alegre e descontraído do nosso próprio lar ou procuremos um local tranquilo junto à natureza, ou mesmo o templo religioso que elegemos para nossa crença.
Com pensamentos serenos e elevados, direcionemos à eles nossa prece sincera, nossas vibrações de amor, nossa saudade sem revolta.
Substituamos as velas pela luz da nossa compreensão e as flores pelo perfume do nosso amor que transcende a matéria e as dimensões.
O culto aos "mortos" nos cemitérios, esta prática fúnebre e macabra deixará de existir quando o homem se convencer de que a morte não existe e que continuamos vivos mesmo quando o corpo (mero acessório) se vai.
Devemos cultuar a vida, pois nossa essência está no espírito e como espíritos, somos eternos.
Pirilampo
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