sábado, 31 de dezembro de 2016

ANO NOVO, NOVO CICLO SE INICIA

Encerramos mais um ano.

Um ciclo se completa.

E no ano que se encerra, todos nós, com certeza acumulamos episódios de sucessos e fracassos, alegrias e tristezas, realizações e frustrações, sorrisos e lágrimas.

Cada um dos episódios por nós vividos se somaram às nossas experiências, proporcionando os aprendizados necessários à nossa evolução, ao nosso crescimento.

Saímos fortalecidos ao superar desafios, amadurecidos ao enfrentar as vicissitudes, confiantes com nossos sucessos e mais prudentes diante dos episódios menos felizes.

E nossa jornada avança.
Acabamos de receber um novo livro intitulado "2017", com 365 páginas em branco.

A partir de hoje assumiremos mais uma vez a responsabilidade de escrever cada página deste nosso novo livro.

Já sabemos de antemão que nem todas as páginas registrarão histórias felizes de êxitos e sorrisos. 
Nosso desafio será enfrentar estas situações com fé, coragem e a certeza de que o acaso não existe e todas os cenários que se descortinarem terão um propósito no nosso processo evolutivo.

Já sabemos que haverá encontros e desencontros, realizações e decepções, acertos e erros.
Nosso desafio será aprender sempre, não importando se o dia amanhecerá ensolarado ou envolto em névoas.

O entusiasmo pela vida, a alegria de viver cada  capítulo deste nosso novo livro, a certeza de que cada dia representará uma nova oportunidade de recomeço, devem estar presentes na nossa mente, na nova caminhada que ora se inicia.

Para que consigamos manter acesa em nós esta chama, esta energia, é importante que a alimentemos com o combustível da fé,  e com o comburente do amor.

Focar em nossas ações voltadas para o bem.
Dedicar nossos esforços na prática da caridade.
Perseverar na nossa busca pelas virtudes e na redução das nossas imperfeições.
Fortalecer nossa fé raciocinada na busca do conhecimento que liberta.

Aí estão os ingredientes que necessitamos para construção de uma atmosfera de otimismo, para que fortalecidos, sigamos adiante nos enfrentamentos do ano que se inicia.

Que possamos, norteados pelo amigo incondicional de nossas almas, o Mestre Jesus, prosseguir, sempre para frente e para o alto, pois o universos conspira à favor das pessoas de bem.

Que venha 2017.
Que venham os desafios.
Estamos prontos e o recebemos com a alegria e fé, pois sabemos que Deus está no comando de todas as coisas.







quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

UNIVERSO VIRTUAL VS. VIDA REAL

A humanidade vive imersa em um oceano de informações,  disseminadas e potencializadas pela presença constante da alta tecnologia em todos os segmentos do relacionamento humano.

As redes sociais, a globalização das notícias em tempo real, o fenômeno da internet afetam de tal forma o cotidiano das pessoas que, robotizadas, agem autômatas e dependentes do sistema que as estimulam a estarem sempre conectadas. 
Se não estiverem "plugadas" sentem-se deslocadas, sem rumo, perdem a identidade, ficam incomodadas, insatisfeitas, inquietas.

Podemos dizer que hoje a humanidade, em todo o planeta,  vive um paradoxo importante, onde a tecnologia acabou aproximando os que estão distantes e afastando os que estão perto.

Antigamente as pessoas encontravam-se pessoalmente  para conversar, trocar experiências, compartilhar emoções. 
O que se presenciava em uma roda de amigos era alegria, descontração, brincadeiras e calor humano.

Hoje é comum presenciarmos numa roda de amigos uma cena lamentável. Pessoas silenciosas, com a cabeça vergada para a frente, segurando os celulares, olhar fico na tela do aparelho e os dedos polegares digitando freneticamente.

Cada um daqueles que estão reunidos para uma confraternização entre amigos, permanece em silêncio, mergulhados no seu próprio mundo e na sua "rede social".
O relacionamento virtual passou a ser mais importante e a ter mais atrativos do que o relacionamento pessoal (presencial).

E o pior, isso está começando cada vez mais cedo.
Crianças que mal conseguem falar ou andar, já ostentam seus "tablets"ou utilizam o "smartphone" da mãe com tamanha naturalidade e habilidade que chegam a assustar.

E assim, os próprios pais já começam desde cedo a criar um condicionamento nefasto que afetará a vida daquela criança pelo resto da vida. Ela se tornará, inevitavelmente, mais uma pessoa viciada em redes sociais e terá muita dificuldade para se livrar disso no futuro.

Tecnologia é importante. Agrega facilidades e recursos fantásticos no nosso dia a dia. É impossível não reconhecer seus benefícios.

Há de se considerar entretanto que  nada substitui o aconchego de um abraço, a magia de um olhar, a sensação gratificante de um aperto de mão.

O ser humano vive de emoções e sensações físicas que o universo virtual não consegue reproduzir nem substituir, não nos esqueçamos disso.








quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

PARTIDAS ANTECIPADAS



E o ser encarnado, diante dos percalços que a vida lhe impõe...

Diante dos insucessos, das incógnitas e das suas limitações na percepção da verdadeira essência da vida, resolve abdicar dela.

Opta pela ideia de colocar um fim naquilo que ele entende ser desconfortável, complicado, difícil e insuportável.

Movido por sentimentos íntimos de indignação diante dos cenários que se lhes descortinam no cotidiano, decide por “fechar as cortinas do palco da vida na carne”, buscando o fim daquilo que o incomoda e o faz sofrer.

Se não consigo resolver os problemas que tanto me afligem, se não tenho forças para enfrentar os desafios e percalços da vida, procurarei fugir da vida, buscando saída em uma (suposta) morte.

E desta forma, o ato de desespero se consolida na infeliz iniciativa de antecipar seu desencarne.

Diferente do que se supõe, o que encontra após o decesso do corpo físico, são mais problemas do que soluções. É certo que os sofrimentos não cessarão, pois instalaram-se no espírito, e este é eterno.

As feridas continuarão abertas até que a misericórdia divina, balizada pela sucessividade das experiências dentro e fora da carne, se incumba de cicatrizá-las, e elas certamente cicatrizarão.

Não nos compete julgar a atitude dos irmãozinhos que optaram por este equivocado caminho.

Não nos compete especular motivos ou alimentar questionamentos sobre a atitude tomada pelo irmão de jornada.

O sentimento de racionalidade à luz da doutrina que professamos também nos aponta que não há razões para remorsos, sentimento de culpa ou definição de responsabilidades pelo ato cometido por outrem.

O que prevaleceu foi o livre arbítrio, esta liberdade que Deus nos concede para definirmos nossos passos.

Assim, dentro do espírito de caridade a que somos chamados a refletir e atuar, cumpramos nosso papel na disseminação da fé, no compartilhamento da solidariedade e no desdobramento da prece.

Amigos queridos estarão trabalhando no Plano Espiritual para abrandar a dor dos que partem antecipando sua viagem nesta triste circunstância.

Eles, os benfeitores espirituais, necessitam da matéria prima do nosso amor, da nossa compreensão, da nossa indulgência e da nossa perseverança na fé, para que possam manipular os fluidos benéficos e revitalizadores em prol daquele que partiu.

Que nossos corações, embora estraçalhados pela dor, possam cumprir o papel de gerador de energias positivas potencializadas pelo combustível do amor, e que entrelaçados, possam criar uma rede de Paz e de conforto não somente para quem partiu, mas para todos nós que aqui permanecemos na nossa caminhada.


E que a Luz de Jesus, nosso guia e modelo, nos ilumine a todos.

domingo, 4 de dezembro de 2016

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Alfredo era um pequeno empresário do ramo alimentício.
A empresa, embora pequena, conseguia garantir à ele e sua família, os recursos financeiros necessários para levar uma vida de classe média baixa.

Casado há 30 anos, tinha na esposa Sueli, uma grande parceira na gestão do lar. Dedicada e honesta, fazia de tudo para conter as despesas, equilibrar as finanças da casa e ainda cuidava dos três filhos do casal: Mariana, com 25 anos, Márcia com quatorze e Paulinho, o caçula, com doze anos.

A vida caminhava num clima de normalidade.
Com as dificuldades de sempre, a família vivia uma vida equilibrada, apesar dos problemas comuns à tantas outras famílias.

Um dia, ao chegar de casa, Alfredo é abordado pela filha mais velha, Mariana, que lhe pergunta se haveria possibilidade da empresa ceder um estágio, mesmo que fosse não remunerado, para uma amiga de classe.

O curso estava chegando ao fim e sem o estágio obrigatório, a amiga não conseguiria se formar.

Imaginando que esta seria uma ótima oportunidade para aliviar um pouco a carga das suas incontáveis responsabilidades no setor contábil, Alfredo concordou e veio a contratar a amiga da filha, Flávia, como estagiária na sua empresa.

Flávia, dedicada e atenciosa, logo assumiu as responsabilidades à ela confiada demonstrando responsabilidade e comprometimento com a empresa.

Passaram-se oito meses sem nenhuma novidade no cotidiano da família. Apenas Alfredo parecia um pouco distante da família, vez ou outra era flagrado em silêncio, com o olhar perdido no horizonte, evitava os filhos, principalmente a mais velha, Mariana.

Em uma ensolarada manhã de sábado, Alfredo chama a esposa Sueli para uma conversa, a sós, no quarto do casal.

Sueli, preocupada, atende-o imediatamente. 
Vão até o quarto, sentam-se na cabeceira da cama e Alfredo, visivelmente nervoso e atormentado começa a falar:

- Sueli, nem sei por onde começar...
É difícil para mim, muito difícil! Mas não podia mais esconder de você. 
Estou apaixonado pela Flávia. 
Nós já saímos algumas vezes juntos, acabamos nos envolvendo emocionalmente.
Quero me separar de você!


A esposa, como se tivesse levado um tapa no rosto, fica muda e chocada.
Paralisada pelo impacto daquela revelação, tem vontade de chorar, gritar, esbofetear o marido, mas segura os ímpetos.

Respira fundo uma, duas, três vezes.
Levanta-se, vai até a janela do quarto, abre-a, respira o ar fresco que entra, reflete em silêncio sobre a notícia que acaba de receber.

Senta-se em uma poltrona, olha o horizonte pela janela, enxuga duas lágrimas que insistem em cair dos seus olhos e reage enfim àquela situação.

Dirige-se calmamente ao marido que esconde o rosto entre as mãos num sinal de grande  aflição e lhe diz:

- Pois bem Alfredo, o que você acaba de me dizer é muito grave e requer tomada de decisões imediatas para que a situação não fique ainda pior.

Entendido que você está se sentindo  seduzido por uma mulher que tem a idade da sua filha mais velha. 

Ela é uma moça muito bonita, na flor da idade e tem atributos que certamente despertaram em você esta atração, é compreensível.

Agora vamos analisar o fato sob a ótica das consequências à que você está sujeito, caso leve adiante este seu plano de separação.

Temos cinco pontos importantes que precisam ser considerados e sobre os quais você precisa refletir:

A receita obtida na empresa, com muito sacrifício, ainda consegue manter nossa família em uma condição de razoável conforto. Você já fez as contas? Conseguirá manter duas famílias?

É certo que nossos filhos optarão por permanecer comigo, sobretudo os dois menores e desta forma eu ficarei aqui na casa com eles. Você já tem outro lugar para ficar?

Marcinha está em uma fase crítica. Fase em que as referências familiares são essenciais para a sua formação. Você sabe o quanto ela é apegada à você e que sua saída poderá resultar em sérios problemas de ordem psicológica para ela. Está preparado para todas as consequências que muito provavelmente virão? Enfrentará isso com naturalidade e equilíbrio?

Paulinho tem em você o modelo do pai perfeito. O "Super Homem" que todos os dias brinca de bola com ele, auxilia-o nas tarefas do colégio, que o leva ao estádio e o busca na escola. Está preparado para o impacto que sua saída de casa causará tanto à você quanto à ele?

Quanto à mim, por mais que isso me doa, me cause decepção e tristeza, respeitarei seu livre arbítrio e procurarei tocar minha vida. É evidente que depois desta confissão nossas relações estarão cortadas. Você tem uma semana para se decidir o que quer da vida e dentro deste período dormirá no quarto de visitas. Explique-se aos filhos, caso perguntem o motivo. 

Ah! já ia me esquecendo, dentro de uma semana vamos juntar todos eles para você explicar a situação principalmente para a Mariana, afinal, foi com a amiga dela que você se envolveu.
Não importa qual seja sua decisão, quem comunicará à eles será você, não eu, correto?

Disse isso e saiu. Entrou no banheiro, abriu o chuveiro e chorou convulsivamente.


Alfredo, a partir daquele dia passou a viver os piores dias da sua vida.

Ao encontrar com a filha Mariana, desviava os olhos dela, com vergonha de encará-la. 

As brincadeiras com o filho já não tinham a mesma alegria e descontração.

A filha adolescente, Marcinha, já notava os sinais de distanciamento do pai. Sem nada entender, já começava a apresentar sinais de melancolia e tristeza.

A esposa lhe dirigia apenas as palavras imprescindíveis, não abria espaço para diálogo.

No trabalho, descontrolado emocionalmente, Alfredo mostrava-se irritado e impaciente com os empregados, inclusive com a própria Flávia.

Na sexta-feira, último dia para que ele se decidisse, procurou a sua estagiária Flávia, chamando-a ao seu escritório.

Ela, como sempre, vestida com roupas provocantes, muito perfumada e cheia de trejeitos foi chegando devagarinho à sala de Alfredo e o encontra com semblante tenso, demonstrando muito nervosismo.

Alfredo, embaraçado,  começa a falar sobre a conversa com a esposa e ela nem o deixa continuar, interrompe a fala dele e retruca exaltada:

- Fala verdade, "Seu Alfredo", o senhor pensou mesmo que eu estava a fim de ter um caso  com o senhor a ponto de querer se separar de sua esposa e ficar comigo? Fala sério ! O senhor tem idade para ser meu pai ! 

E mais, o simples fato da gente ter saído algumas vezes juntos para jantar já levou o senhor a entender que estávamos emocionalmente envolvidos? Saí com o senhor mais por educação, por ser o meu patrão e pai da minha amiga, só isso. Nunca me passou pela cabeça ter nada com o senhor.

E para falar a verdade, antes que que a Mariana saiba disso e este assunto renda, estou indo embora. Obrigado pelo trabalho e pelo estágio, mas não tenho mais condições de ficar na empesa não.

Disse isso, levantou-se e saiu rapidamente sem nem olhar para trás.

Alfredo, boquiaberto com a situação, ficou ainda mais perdido e confuso com a situação.


Reflexões sobre esta pequena história:

Alfredo, embora pai de família, casado há 30 anos com Sueli, com três filhos, sentiu-se seduzido por uma jovem com idade para ser sua filha. Atraído pelos dotes físicos da moça, deixou-se levar pelo instinto, criando fantasias que acabaram bloqueando seu senso de razão. 
Toma então uma atitude impensada que coloca em risco toda a sua vida matrimonial.


Flávia, jovem e "desencanada" queria apenas fazer seu estágio, terminar seu curso e seguir a vida em frente. 
Foi convidada para jantar algumas vezes com o patrão e foi para ser gentil, mas em momento algum alimentou algum sentimento com relação a Alfredo. 
Foi ingênua sim, mas em momento algum teve outras intenções, até porque era amiga da filha de Alfredo e valorizava esta relação.
Ao perceber a "encrenca" que estava prestes a se meter, não hexitou em cair fora do cenário.


Agora, Sueli, esta sim, foi o grande destaque desta trama.

Mesmo chocada com o impacto da revelação do marido Alfredo, manteve controle emocional, conservou seu equilíbrio, refletiu e somente depois se pronunciou.
Demonstrou uma inteligência emocional admirável, analisando a questão de forma racional e coerente.
Fez o marido enxergar todas as consequências, fez com que ele refletisse sobre o quanto custaria para ele aquela tomada de decisão, fez com que ele saísse do seu universo de fantasias e voltasse para a realidade.


Refletindo agora sobre a conclusão da nossa história, podemos dizer que muito provavelmente Alfredo teria chamado Flávia para desligá-la da empresa, contou a história toda para ela para se justificar.

É muito provável que após a conversa com Sueli, que ele tenha acordado para a realidade e percebido a besteira que iria fazer.

Mas.....esta história somente não teve um desfecho dramático porque, no momento em que Alfredo manifestou seu desejo de separação, Sueli teve controle da situação, teve INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.

Vale a pena refletir sobre quantas situações embaraçosas foram potencializadas pelo nosso destempero emocional, gerando dramas e sofrimentos porque faltou em nós CALMA, EQUILÍBRIO, PACIÊNCIA, COERÊNCIA, SENSO DE RAZÃO, ENFIM, INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ?








quarta-feira, 30 de novembro de 2016

DESENCARNES COLETIVOS

O momento é de comoção nacional.

A delegação quase que completa de um conhecido time de futebol, a caminho de uma importante e decisiva partida do torneio que disputava, acaba sofrendo um grave acidente aéreo.
Com 81 ocupantes entre jogadores, comissão técnica, jornalistas e tripulação, apenas 5 conseguiram sobreviver à queda da aeronave.

Como é comum em casos como este, as redes sociais se mobilizam repercutindo o ocorrido. Todas as mídias se convergem para informar, a cada minuto a evolução do caso, o assunto vira manchete unânime para onde quer se olhe.

O redemoinho emocional coletivo, fruto da observação de um evento de tamanha repercussão, resulta em reações que merecem ser analisadas e levadas à reflexão.

Citemos alguns exemplos:

Diante da forma brusca e inusitada do desencarne coletivo de tantas pessoas, surge um sentimento de solidariedade que envolve a todos, indistintamente. Este nobre sentimento contribui para a potencialização de energias positivas, eleva o padrão vibratório, equilibra a atmosfera psíquica e estimula os sublimes sentimentos de amor ao próximo.

Estas energias são canalizadas pelas equipes socorristas do Plano Espiritual e direcionadas ao auxílio tanto daqueles que partiram para a Pátria Espiritual, quanto para os familiares que aqui permaneceram. É importante salientar que o “estado de choque”, de confusão mental, de desequilíbrio e desconforto é comum à ambos os personagens deste evento (encarnados e desencarnados).

É muito comum neste tipo de ocorrência, relatos de pessoas que estariam também embarcadas naquele voo, mas que de última hora sofreram um imprevisto (muitos deles aparentemente insignificantes e rotineiros). Não raro acontece (como também aconteceu neste episódio) de alguns ocupantes   saírem ilesos do acidente, sobrevivendo de maneira inacreditável em meio a escombros onde outros tantos pereceram, o que deixa a todos perplexos.

Analisemos agora, sob a ótima Espírita cada um dos pontos que foram colocados para reflexão.

Nos orientam os benfeitores espirituais que o desencarne coletivo acontece quando:

“Um grupo de espíritos comprometidos com o mesmo débito ou débitos semelhantes, em reencarnações pregressas, se associam, ainda na espiritualidade, antes do renascimento, com a finalidade de realizar o trabalho redentor em resgates coletivos. ”


Por estar relacionado a experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades Benfeitoras Espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na própria região da catástrofe ou desastre.

O resgate de nossas ações contrárias à Lei Divina, ao bem e ao amor pode ocorrer de várias formas, inclusive coletivamente.

O objetivo, segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, é “fazê-lo avançar mais depressa” e o que normalmente chamamos de tragédias ou calamidades “são frequentemente necessárias para fazerem com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que se necessitaria de muitos séculos”.

Além disso (questão 740), “são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo”.

E assim, entendemos o sentimento de solidariedade que essas calamidades despertam, auxiliando todos a desenvolver o amor. O importante para os mais diretamente envolvidos, para que tenham o progresso devido, como está dito em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo 14, item 9, é “não falir pela murmuração”, pois “as grandes provas são quase sempre um indício de um fim de sofrimento e de aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus.

Sendo assim, perguntamos ainda, porque algumas pessoas acabam sobrevivendo em uma situação dessas em que isso parece ser absolutamente improvável?

E a resposta é simples e clara. Para eles ainda não havia chegado o momento, eles certamente não faziam parte do grupo programado para aquele desencarne coletivo.

Estavam ali porque necessitavam passar por aquela experiência e também para nos evidenciar com provas inquestionáveis que não existe acaso ou coincidência, sorte ou azar.

São situações criadas para nos mostrar de forma inequívoca que cada um de nós tem um caminho a seguir, uma missão a desempenhar e via de regra, se não quebrarmos as regras da nossa existência com nossa invigilância e negligência, de fato, somente partiremos para o Plano Espiritual, quando o nosso momento tiver chegado.


terça-feira, 29 de novembro de 2016

RECONSTRUÇÃO ÍNTIMA

Um caminheiro prosseguia em sua solitária jornada, através de uma pequena trilha erma e distante,  para ele ainda totalmente desconhecida.

Acabara de amanhecer e já havia indícios de que um sol causticante o castigaria ao longo do trajeto daquele longo dia.

Caminhou por quatro longas horas, tropeçando em pedras pontiagudas, ferindo seus braços nos arbustos, sofrendo com os galhos baixos, que atingiam seu rosto e sua cabeça.

Após caminhar mais de 10 quilômetros cansou-se e resolveu então sentar-se à sombra de uma frondosa árvore. 

Trouxera consigo algumas garrafas d'água. Garrafas de vidro com tampinhas metálicas de pressão. Ele as preferia porque depois as reutilizava para transportar também outros líquidos, utilizando rolhas para tampá-las.

Sentado confortavelmente sob a sombra fresca daquela abençoada árvore, a primeira coisa que fez foi pegar uma das garrafas, pois a sede era grande.

Tomou da pequena garrafa e ignorando que trouxera também um abridor na sua mochila, pôs-se a tentar abri-la com os dentes. 
Depois de algumas tentativas infrutíferas que resultou na quebra de um dos dentes e  um corte no lábio inferior, desistiu de abrir dessa forma. 

O gosto de sangue na boca fez com que a vontade de tomar a água aumentasse ainda mais. Foi então até um mourão ali próximo onde existia um prego sustentando o arame.

Enroscou a tampa na cabeça do prego, bateu firme com a mão sobre a tampa, entretanto, ao fazer isso, sua mão atingiu uma ponta do arame farpado sujo e enferrujado, causando um profundo corte. 
O sangue manchou imediatamente a garrafa, já aberta.

Assustado, com muita dor e ao ver o estado do arame que o ferira (enferrujado e coberto de sujeiras), ficou com medo de contrair uma doença grave (tétano?) e afoito, acabou utilizando todo o conteúdo daquela garrafa para lavar seu ferimento.

Já refeito do susto, volta para a sombra da árvore, pega uma outra garrafa, toma do abridor, abre a mesma e mata sua sede, refletindo sobre sua tolice anterior, que o fez quebrar o dente, cortar a boca, ferir a mão e ainda perder uma garrafa cheia d'água que faria muita falta à ele durante sua longa jornada.

Quantos de nós, no decorrer da nossa jornada não cometemos o mesmo desatino, ignorando o bom senso, a razão e os conhecimentos já adquiridos na nossa existência  e por conta da nossa invigilância e negligência sofremos desnecessariamente?

Quantos de nós, à exemplo do nosso personagem,  já não sofremos as consequências de atitudes intempestivas e impensadas, olvidando os princípios morais e éticos por nós já assimilados e nos permitindo lançar nos abismos do erro?

Como o caminheiro, que somente após os ferimentos e a frustração resolveu fazer a coisa certa, muitas das vezes também somente buscamos o caminho reto depois de sofrermos as consequências do desacerto.


Não raro, ainda jogamos a culpa dos nossos insucessos e desventuras nos outros, fazendo questão de esquecer de que estamos apenas colhendo o que plantamos.

Somente através da reflexão,  do reconhecimento das nossas imperfeições e vulnerabilidades e do firme propósito na recondução das nossas vidas é que partiremos para nosso processo de "reconstrução" íntima, tão necessário para que atinjamos o nosso tão almejado destino que é a perfeição.



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

NOSSA POSTURA DIANTE DAS NOTÍCIAS RUINS

Em tempos de globalização e da universalização das comunicações em tempo real, estamos sujeitos à uma sobrecarga de informações que nos são "empurradas goela abaixo pela mídia", quer queiramos ou não. 

Sabedores de que notícia ruim é que dá IBOPE, os canais de TV e as emissoras de rádio, bem como os jornais e revistas sempre dão destaque de primeira página às desgraças mais recentes, potencializando com sensacionalismo a chamada "imprensa marron".

Não são poucos os jornalistas (eu disse jornalistas?), que conquistam fama e dinheiro nesta nefasta atividade que faz proliferar na sociedade, o medo, a insegurança e a revolta.

As redes sociais e as facilidades de  comunicação em tempo real com qualquer lugar do planeta acabam contribuindo para que não somente as "desgraças de casa" como as desgraças ocorridas, mesmos nos países remotos e distantes invadam nossos lares, potencializando nosso sentimento de ansiedade e impotência diante das mazelas do mundo.

Sabemos que neste planeta de provas e expiações, os desafios e os problemas não são poucos.

Temos conhecimento de que não conseguiremos presenciar aqui, da estabilidade e do equilíbrio que almejamos.

No entanto, potencializar as energias deletérias do pessimismo, do derrotismo e da revolta, submetendo-nos à apreciação de cenários dolorosos com verdadeira exploração da desgraça alheia, somente servirá para estimular no nosso espírito, as energias destruidoras do negativismo.

Eliminemos, portanto, da nossa rotina, os hábitos malfazejos que nada contribuem para nosso crescimento.

Diante das notícias alarmantes e derrotistas que se nos apresentem no nosso dia a dia, serenemos nossos pensamentos e busquemos o refúgio seguro da prece.

Não será compartilhando e repercutindo o mal, que contribuiremos para a presença do bem.




sábado, 19 de novembro de 2016

RELAÇÃO A DOIS

Viver a dois não é fácil, ao contrário é um grande desafio!

Nesta situação testemunhamos duas individualidades compartilhando o mesmo espaço físico, com visões diferentes sobre a vida, pontos de vista discordantes sobre as situações, percepções muitas vezes paradoxais sobre os diversificados aspectos da vida.

São dois espíritos que já trazem tendências, inclinações, vícios e traços de personalidade milenares e que assumiram, na espiritualidade, compromissos recíprocos difíceis de honrar, muitos deles associados à desajustes de vidas pregressas.

Não raro, os mecanismos de atração inicialmente sensibilizam os sentidos físicos, criando uma atmosfera mágica e prazerosa, gerando sentimentos de paixão intensa, que naquele momento inicial, encobre todas as divergências.

Com o tempo, entretanto, na continuidade do processo de vivência em comum, a névoa da paixão começa a lentamente se dissipar. É este o momento mais crítico da relação.

Os caules, agora descobertos, que antes mostravam nas suas extremidades apenas coloridas e perfumadas flores,  desnudados, começam também a mostrar os pontiagudos e doloridos espinhos.

Começa  a desaparecer aquela "pseudo unanimidade" sobre tudo e sobre todos, que outrora predominava na relação.

As queixas, os azedumes, a implicação com o outro, a triste constatação de que aquela suposta perfeição era ilusão, gera dúvidas, frustrações e decepciona.

O sentimento de decepção, se não assimilado com a homeopatia da inteligência emocional, é potencializado e repercute em indiferença.

A indiferença, então, dá inicio à um  processo de corrosão da base do relacionamento e começa a ruir todo aquele bonito prédio, onde se construía uma história de reencontro de espíritos para os devidos ajustes.

A necessária harmonização de dois seres em evolução, cuja união fora cuidadosamente planejada na espiritualidade acaba por não se consolidar. 

Infelizmente esta história é muito comum, principalmente nos dias atuais em que tudo se tornou absolutamente descartável (inclusive as relações).

Destruídas as bases do respeito, da reciprocidade, do senso do trabalho em comum em prol de algo maior, a separação é inevitável.

Cada qual passa a seguir outros caminhos, sem nenhuma expectativa de sucesso, pois a maturidade necessária para sustentação dos relacionamentos ainda não se estabeleceu na essência espiritual do casal.

É por isso que a frase: " O AMOR é aquilo que fica quando a PAIXÃO acaba" é tão verdadeira.

Somente o amor é capaz de superar  as vicissitudes e os desafios do cotidiano, potencializados pelas inevitáveis diferenças individuais nas relações a dois.

E não nos iludamos, no relacionamento a dois o AMOR não é um sentimento que vem pronto. 

Trata-se, na verdade, de uma sementinha frágil que somente consegue germinar no terreno profícuo da gentileza e da paciência. 

Se regadas continuamente com a tolerância e a compreensão certamente esta sementinha crescerá e oferecerá os doces frutos que tanto almejamos.





domingo, 13 de novembro de 2016

OS PORTAIS DA HARMONIA

Como caminheiros cósmicos, marchando para o desvencilhamento da matéria, na busca da nossa descoberta maior (a do espírito livre dos liames da matéria densa), é comum vivenciarmos momentos de euforia espiritual.

Estes momentos de euforia se manifestam nas situações mais inusitadas, como se uma porta entreaberta nos permitisse enxergar uma pequena amostra do que será para nós a experiência no momento em que vivermos a nossa verdadeira essência.

Basta observarmos com particular interesse os cenários que se descortinam diante do nosso cotidiano, deixando de lado as lentes embaçadas do materialismo exacerbado e a visão míope do consumismo descabido, que conseguiremos enxergar um "universo paralelo" no qual vivemos o tempo todo mergulhado, sem nos darmos conta, apesar dele de manter interpenetrado na nossa realidade.

É de vital importância, se desejamos identificar os "portais" para nossa entrada neste plano inacessível para grande parte dos seres humanos, que consigamos nos livrar da pesada bagagem inútil e descartável que carregamos, muitas das vezes sem nos dar conta disso.

Nesta indesejável bagagem que nos faz vergar sob seu peso, levamos os miasmas do imediatismo, as moléstias das querelas, os vírus do materialismo e o veneno do ódio que leva ao descalabro moral.

Quando conseguimos aliviar esta carga, descartando esta malfazeja bagagem, obtemos como prêmio a chave deste portal que tanto almejamos.

Como o universo conspira à favor das pessoas de bem, via de regra somos surpreendidos por companheiros de jornada que nos oferecem oportunidades de sintonia com o "astral superior", criando chances de aliviarmos nossa carga de energia negativa.

No entanto, normalmente estamos tão obcecados e enceguecidos pelos interesses materiais, que deixamos de aproveitar estas preciosas oportunidades de aprimoramento e aprendizado.

Assim, como jornadeiros cósmicos que somos, fiquemos atentos às pessoas, ambientes, cenários e sensações que se nos apresentam no nosso cotidiano, para que possamos apreender estes estados de energia harmonizadora.

Como todo processo de aprendizado, desenvolver esta sensibilidade requer persistência, paciência e vontade.

A colheita os frutos será diretamente proporcional à qualidade da semente e a fertilidade do solo em que a plantarmos. 

Atentemos que somos nós este solo.
Quanto à semente, fique atento pois neste exato momento certamente uma estará sendo disponibilizada para você. 
Apenas estenda as mãos, abra seu coração e a plante, regando com o orvalho do amor.

Muita PAZ e LUZ.




sexta-feira, 11 de novembro de 2016

QUEM TEM MEDO DA MORTE?

As reflexões do ser encarnado acerca dos cenários que se descortinam no seu cotidiano, com frequência o remete à divagações sobre a morte.

A presença da morte, testemunhada não raro, bem próxima de nós, assusta, entristece, incomoda e causa apreensão.

Só de pensar nela, sobretudo com relação aos entes que nos são mais caros, isso nos apavora e nos causa pânico.

A morte para nós é sinônimo de angústia, sofrimento, desespero, perda. 
É sinônimo do fim, da ausência, do vazio.

E este sentimento, que carregamos ao longo de toda nossa existência, nos enche de temor.

Se analisarmos os reais motivos que nos levam a alimentar um sentimento de tamanha repulsa pela morte, chegaremos à duas interessantes conclusões:

1-Costumamos dizer que a única certeza que temos na vida, é a certeza da morte, nas na verdade ela ainda é uma grande incógnita para a maioria dos seres humanos.

2-As doutrinas religiosas tradicionais do ocidente não conseguiram trazer respostas e esclarecimentos convincentes sobre o nosso futuro,  após o decesso do corpo físico,  e as "meia verdades" mais confundem do que esclarecem.


A Doutrina Espírita, codificada por Kardec há pouco mais de um século e meio atrás, tem contribuído de forma impactante e vem rasgando os véus da ilusão de que a vida humana se restringe à apenas uma experiência na carne.

O Espírito de Verdade veio cumprir a promessa do Cristo e se nos apresenta como o Consolador Prometido, mostrando-nos uma realidade exuberante e uma verdade inconteste: "A vida não começa no berço e não termina no túmulo".

De uma forma didática, clara, transparente e racional, a "Doutrina Libertadora de Consciências", quebra as barreiras do desconhecido, do sobrenatural, das crendices e superstições e nos abre o horizonte cósmico, mostrando-nos que a vida continua e que somos espíritos imortais.

O Espiritismo matou a morte, e nos revelou então que o que chamamos Plano Espiritual não é um local restrito e etéreo com seres destituídos de forma e individualidade. 

Ao contrário, a Doutrina Espírita nos traz, o tempo todo, evidências de que o Plano Espiritual se interpenetra com o Plano Físico e que estamos todos juntos, 

A Doutrina Libertadora de Consciências nos mostra que não existem as "almas do outro mundo". 

Nos mostra que o mundo é um só e que é absolutamente natural interagirmos com os que já partiram para o outro plano, pois eles continuam a ser exatamente o que eram quando estavam conosco compartilhando da experiência na carne.

Ciência, Filosofia e Religião se juntam e se completam, resultando em uma fé raciocinada, a fé inabalável capaz de enfrentar a razão faze a face em todas as épocas da humanidade.

Quando começamos a compreender essas verdades, começamos também a nos desvencilhar do pavor que o simples pronunciar da palavra "morte" nos causava.

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." já nos orientou o apóstolo João (João 8:32).

Que possamos, portanto, iniciar nossa busca pela verdade que liberta, nunca nos esquecendo do nosso Mestre e Guia, o meigo Rabi da Galiléia, pois ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.




terça-feira, 11 de outubro de 2016

CENAS DO COTIDIANO

Vi na Internet  esta semana  um vídeo  de um senhor bem vestido,  de terno  e gravata e tudo mais, andando  por uma calçada.

A se deparar com um morador  em situação de rua, deitado  na mesma calçada por onde passaria,  o cidadão  desferiu-lhe, impiedosamente,  diversos chutes,  sem nenhum  motivo aparente.

A cena  é triste. 
Triste  e revoltante. 
Revoltante  e lastimável.

Fiquei me perguntando  o que se passa na cabeça de uma pessoa  que é capaz de  fazer uma coisa dessas.

Fiquei imaginando  o quanto a mente  de um indivíduo com tamanha  crueldade  no coração, encontra-se adoentada espiritualmente  e carente  de equilíbrio.

A cena me levou à uma reflexão profunda  do quanto as pessoas estão  mergulhadas  no egocentrismo  e no orgulho,  e distantes  de Deus.

Este cidadão  certamente  ignora ou faz questão  de não saber que existe  uma lei implacável,  a Lei  de Retorno e que ele responderá por cada ato contrário às leis divinas.

Assim  cada um de nós vai escrevendo, através  dos nossos próprios  atos,  o script do nosso futuro,  seja nesta ou em uma próxima reencarnação.

A atitude covarde  e inclemente do nosso irmão  em desequilíbrio,  também  é uma oportunidade  de reflexão  e de alerta para que vigiemos nossas posturas e oremos  à favor  de todos aqueles que ainda  se encontram apartados  do bem.




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

DESAFIOS

Estados  de desânimo,  de ansiedades,  sensações de apreensão  e insegurança  são comuns no nosso dia a dia.

A vida na carne  é atribulada e desafiadora.

Sentimo-nos  amedrontados  à todo  momento por "fantasmas"  que nos ameaçam o tempo todo.

O fantasma  da violência nos  tira  o sossego,  o fantasma do desemprego  compromete  nossas noites  de sono,  o fantasma  das moléstias  nos deixa prostrados.

E assim,  dia após dia,   vamos  acumulando nossos medos  e indagações,  nossas dúvidas  e  apreensões diante de tantas supostas  adversidades,  que  por vezes  perdemos o brilho  dos olhos e a alegria  de viver.

Nestes momentos precisamos  mergulhar  dentro de nós mesmos e buscar  refúgio na fé.

A fé de que Deus está no comando de todas as coisas.

A confiança  de que  não existe  acaso ou coincidência,  que tudo  tem uma razão de ser.

A certeza  de que as situações  pelas quais passamos são imprescindíveis  para  o nosso aprendizado e o nosso crescimento.

Assim,  diante  dos desafios  que já começamos  a vislumbrar no início  desta nova semana,  estejamos certos  de que  não estamos sozinhos e de que  Deus jamais  nos daria um fardo mais pesado  do que aquele que conseguíssemos  carregar.

Com fé e disposição,  sigamos  adiante,  pois nossa jornada  precisa prosseguir. E sigamos com Deus na frente,  sempre!


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

NOSSOS FILHOS

Uma das mais sublimes missões da instituição chamada FAMÍLIA, receber um espírito como filho nos nossos lares, é uma grande bênção do alto.

Se temos a felicidade de receber um espírito afim, ente querido de encarnações passadas, a alegria é redobrada pelo reencontro e pela oportunidade de vivenciar novas experiências.

Se a situação é diferente, ao recepcionarmos espíritos com os quais não nos acertamos em experiências passadas, temos a abençoada oportunidade de corrigirmos os desajustes e construirmos,  na relação embasada no amor, novas pontes de entendimento.

Assim, tenhamos a certeza de que por mais difíceis que sejam as relações familiares com aqueles espíritos que acolhemos como filhos, a oportunidade é preciosa e não pode ser desperdiçada.

Lembremos sempre que nossos filhos são espíritos eternos e que já chegam com tendências e inclinações que marcarão sua personalidade e sua maneira de ser.

Ao reencarnarem, contam com nossa paciência, nossa tolerância, nosso amor e nossos exemplos para juntos caminharmos rumo à evolução.

Agradeçamos, portanto, ao Criador, pela bênção de recebê-los como companheiros de jornada.