Conta-se que um indivíduo caminhava tranquilamente por uma estrada por ele desconhecida, quando esta se bifurcou.
Ele ficou na dúvida por qual delas deveria seguir.
Atentou então para o detalhe de que a da direita estava limpa, sem obstáculos, e até onde ele enxergava (uma curva distante), não havia nada que o desestimulasse a prosseguir por ali.
Prestando mais atenção viu uma pequena placa na lateral, quase que escondida entre as moitas, que dizia:
"Este não é o melhor caminho".
Resolveu, então olhar para o outro lado.
A opção da esquerda não lhe parecia muito boa.
Estrada esburacada, repleta de pedras.
As laterais tomadas por mato, espinhos e galhos pontiagudos.
Mais na frente ele já enxergava um rio, cuja ponte era apenas um tronco de árvore apoiado nas margens.
Não teve dúvidas, optou pela da direita e seguiu, caminhando longo trecho sem nenhuma dificuldade, até que horas depois chegou a um precipício intransponível.
Frustrado teve que retornar até àquela bifurcação e seguir pela estrada feia e esburacada, que após o dobro do tempo de caminhada, enfim o levou até o destino almejado.
Assim é a nossa vida.
Muitas das vezes, na ânsia de chegar logo até onde desejamos, optamos pelo caminho que nos parece mais fácil.
Nossa pressa em chegar mais cedo nos leva até mesmo a ignorar os alertas que recebemos. Insistimos em avançar pelos caminhos por onde nos desaconselharam a seguir.
Até o momento em que descobrimos nossa opção errada e somos obrigados a retornar e seguir pelo caminho mais difícil, porém acertado.
Se tínhamos pressa antes, nossa invigilância e nossa inconseqüência nos fez retardar ainda mais a caminhada.
Por isso Cristo nos alertou sobre a "porta estreita" citada como nosso caminho para a redenção. Estejamos atentos aos nossos caminhos, para que não sejamos engolidos pelo abismo da nossa arrogância.
(Pirilampo)
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