quarta-feira, 15 de junho de 2016

SOMENTE A VIGILÂNCIA TRAZ O EQUILÍBRIO

Após anos seguidos de atividades no Centro Espírita, o abnegado trabalhador, enfim, teve oportunidade de participar de uma reunião mediúnica.

Estava ansioso e seguiu rigorosamente as recomendações do diretor dos trabalhos. Manteve o espírito em prece o dia todo, fez uma alimentação leve, procurou evitar conversas improdutivas, enfim, preparou-se com muita atenção para a ocasião por ele tão esperada.

E assim se manteve durante todo o dia, exercitando equilíbrio, procurando se controlar diante dos problemas surgidos, afinal, precisava estar preparado e com o padrão vibratório elevado para atuar na sustentação, juntamente com outros companheiros daquela tarefa.

O dia passou rápido, ele saiu do trabalho e foi direto para casa, estava até um pouco afoito, correu direto para o banheiro para tomar seu banho e esqueceu-se de levar a toalha.

Quando terminou seu relaxante banho, deu-se conta de que não tinha com o que se enxugar, irritou-se com isso e gritou para a mulher que levasse para ele a toalha. Ela, ocupada com os afazeres domésticos, já respondeu também gritando que não tinha obrigação nenhuma de levar a toalha, que estava ocupada e que ele esperasse.

Enquanto esperava, seu descontentamento aumentou, ficou ainda mais irritado e já estava saindo sem roupa mesmo e molhado, quando a esposa levou a toalha.

Apenas cobriu o corpo com ela, saiu molhado, resmungando, com os pés descalços, o piso todo molhado. Acabou escorregando no corredor, soltou um palavrão ao se levantar com um "galo" na testa.

Foi para o quarto, vestiu a roupa já meio atrasado, nem disse "tchau" para a mulher, pegou o carro e saiu apressado. Ao entrar em uma esquina com velocidade um pouco alta, quase atropelou um motociclista que o xingou, fazendo gestos de agressividade. Nervoso, colocou a cabeça para fora da janela e também xingou o motociclista.

Dirigindo tenso e afobado, passou em um semáforo vermelho, justamente o que tinha radar de avanço. Isso acabou de vez com seu humor e ele começou a praguejar alto, até chegar ao Centro Espírita.

Lá chegando, tentou se acalmar, procurou o dirigente dos trabalhos, contou apenas uma pequena parte do ocorrido, omitiu os pontos mais críticos e logo depois se dirigiu à sala onde aconteceriam os trabalhos práticos.

Os trabalhos transcorreram como sempre. 
Espíritos sofredores se manifestaram, foram orientados.
Irmãos ainda em estado de confusão mental, desorientados e inseguros, foram esclarecidos.
Aquela Casa de Caridade mais um dia cumpriu seu papel de apoio aos irmãos desencarnados através da abençoada faculdade da mediunidade.

Ao final dos trabalhos, o dirigente o procurou em particular e lhe disse.

Meu irmão, recomendo que você passe por um tratamento espiritual para melhor se equilibrar, pois percebi que durante todo o tempo em que transcorreu nossos trabalhos, estava ao seu lado um irmão que disse ter se divertido muito com você hoje, desde o momento em que você chegou em casa.

Ele comentou que bastou  fazer você se esquecer de uma tolha na hora do banho. Isso foi o suficiente para jogar por terra todos os seus esforços de um dia inteiro, na tentativa de se preparar para a reunião.

No final,disse ainda que você só não atropelou o motociclista porque sua esposa, ao perceber que você tinha saído nervoso e descontrolado, fez uma prece para você, pedindo proteção no seu trajeto até o Centro.






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