Conforme nos esclarece Kardec em seu livro "Instruções Práticas sobre as manifestações Espíritas", "o conhecimento da ciência espírita se baseia em uma convicção moral e uma convicção material. A primeira se adquire pelo raciocínio, a segunda pela observação."
Nos assevera ainda o mestre de Lyon que é muito comum e perfeitamente compreensível aos iniciantes nos postulados doutrinários espíritas, a ansiedade de "primeiro ver" e depois raciocinar, invertendo-se a ordem do processo do aprendizado alicerçado na lógica e na razão.
Desta forma, com certeza não será satisfazendo as curiosidades e provocando admirações aos neófitos, que estes se sensibilizarão com os preceitos ditados pela espiritualidade na consolidação da Terceira Revelação. Esta prática poderá sim resultar em admiração, mas sem convencer.
Se levado à termo, poderá repercutir em fascinação, mas poderá também assustar, afastando os principiantes e os simpatizantes, ao invés de aproximar.
É por este motivo que não se aconselha sessões públicas com a prática da manifestação dos espíritos diante de uma platéia despreparada e sem conhecimentos doutrinários. Há de se conhecer antes, para verdadeiramente entender o que estará acontecendo naquele momento.
Faz-se mister o estudo da fenomenologia espírita para que se entenda os mecanismos que regem o intercâmbio entre o Plano Espiritual e o Plano Encarnado.
No momento em que tomar conhecimento das leis naturais que estão por trás de todo este processo, cairão por terra as falsas crenças no sobrenatural, no extraordinário. Os mitos ruirão e a fé raciocinada embasada na razão prevalecerão sobre os falsos princípios e crenças que o indivíduo alimento durante sua formação.
Kardec complementa sua orientação nos afirmando que: "Pelo estudo dos princípios da ciência, princípios perfeitamente compreensíveis sem a experimentação prática, adquire-se uma convicção moral inicial que não necessita mais do que ser corroborada pelos fatos. Ora, como nesse estudo preliminar todos os fatos foram passados em revista e comentados, resulta disto que quando vemos os compreendemos, qualquer que seja a ordem na qual as circunstâncias permitem observá-los"
Portanto, para aqueles que se sentem atraídos pela Doutrina dos Espíritos e acabam se tornando simpatizantes em um primeiro momento, porém pretendem conhecer com mais profundidade a Doutrina, não há outro caminho senão o estudo.
E aqui vale salientar que não se aprende Doutrina Espírita lendo romances, por mais fidedignas que sejam a origem dos seus autores espirituais.
Aprende-se Doutrina Espírita estudando as obras básicas codificadas por Kardec que são:
O Livro dos Espíritos
O Evangelho segundo o Espirirismo
O Livro dos Médiuns
A Gênese
Céu e Inferno
E para aqueles que estão iniciando na doutrina, existem ainda dois livros em que Kardec faz um "resumo" dos princípios doutrinários, que são:
O Principiante Espírita
O que é o Espiritismo
Para matarmos nossa sede de conhecimento sobre o Espiritismo, bebamos na fonte de Kardec.
Pirilampo
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