segunda-feira, 5 de outubro de 2015

NOSSO PAPEL NO PALCO DA VIDA



Viver em um planeta onde a matéria densa prevalece, sujeito à todas as limitações oriundas desta condição e atrelado a um corpo físico pesado, vergado ao peso das imperfeições herdadas em séculos sucessivos de deslizes, não nos parece um desafio dos mais fáceis.

Subir ao palco da vida sem script para representar diversificados papéis, sem ensaios prévios ou o apoio de um roteiro que direcione os atos, parece uma experiência atemorizante.

Enfrentar os confrontos, as diferenças e os embates, muitas das vezes desenrolados sob o mesmo teto e contracenadas com aqueles que compartilham conosco a relação de parentes consanguíneos, é provação das mais inquietantes.

Compartilhar o mesmo espaço no terreno laboral, com individualidades que se nos apresentam como adversários ferrenhos e impiedosos, muitas das vezes criando embaraços e empecilhos ao nosso crescimento profissional, é situação que nos incomoda e nos proporciona ansiedades e frustrações.

Mergulhar de corpo e alma em uma relação sentimental, dedicar-se com afinco ao relacionamento, procurando construir um clima de respeito e honestidade.
Criar expectativas e alimentar sonhos e de repente perceber tudo isso vir abaixo, uma vez que o outro lado da relação não ofereceu a contrapartida almejada, é por demais doloroso e decepcionante.

No entanto, todo este cenário aparentemente temeroso e desestimulante, nos oferece diariamente todas as condições que necessitamos para o exercício do nosso aprendizado.

A “peça teatral” que representamos no “palco da nossa existência” nos reserva sempre o papel mais adequado e necessário ao nosso aprendizado e crescimento, contribuindo para a nossa fundamental busca, a evolução.

A consciência de que somos “seres integrais”, seres espirituais que apenas momentaneamente contamos com um corpo físico, para que possamos interagir com a matéria densa que nos rodeia, é o primeiro passo para entendermos todo este processo.

A percepção de que tudo passa, nada é definitivo, que a vida é composta de fases e que cada situação, por mais difícil que pareça, sempre contribuirá para nosso aprendizado.

E o principal, a certeza de que somos espíritos eternos, de que a vida não começa no berço e não termina no túmulo.

Tudo isso nos remete à verdade de que, no palco da nossa existência, onde é forçoso recordar que temos sim um roteiro perfeito para desempenharmos nosso papel, que são os exemplos deixados pelo Meigo Rabi da Galiléia.

Através da reflexão serena, da fé raciocinada e da persistência no bem, toda nossa apreensão diante das provas e expiações tornar-se-ão apenas pontos de atenção perfeitamente compreensíveis e administráveis.

Se buscarmos o conhecimento da verdade  ela nos libertará, estejamos certos disso.

                                                                                           Pirilampo

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