Situamo-nos, não raramente, em meio aos mares revoltos da vida, onde a nau de nossa existência sacolejada pela violência da tempestade, sofre a ameaça de ir à pique.
Nestes momentos, ao olhar pela vigia da embarcação, somente conseguimos vislumbrar temerosos vagalhões dirigindo-se sobre nós ameaçadores, raios clareando a penumbra da enegrecida paisagem e e somente ouvimos a chuva abundante e o ruido das águas sobre o teto do barco.
À cada onda gigantesca que superamos, já nos angustia a expectativa da próxima que virá, pois tememos não lograr êxito na sua travessia.
Impotentes diante da força da natureza, nada nos resta a fazer senão confiar no experiente e dedicado timoneiro que conduz nossa nau, adequando o ângulo de ataque da nossa frágil embarcação aos à chegada das das ondas ameaçadoras que sucessivamente nos assustam.
Ao passar a tempestade, aliviados observamos a calmaria se instalando.
Ao olharmos para o céu, notamos que as frágeis gaivotas (muito mais frágeis do que nossa embarcação) ali estão, sobrevoando calmamente nosso barco.
Percebemos, então, que nos momentos críticos da tempestade, elas simplesmente alçaram vôo sobre as nuvens turbulentas e permaneceram imunes aos riscos.
Acima das nuvens, mantiveram-se à salvo das ameaças, desfrutando de um céu claro e sereno durante toda aquela tempestade que tanto nos atemorizou.
Trazendo este cenário para nossas vidas, reflitamos que por mais ameaçadoras que sejam as tempestades pelas quais passamos ou passaremos, elas serão sempre passageiras e que a calmaria invariavelmente virá a seguir.
Recordemo-nos sempre que por sobre as nuvens turbulentas, teremos um céu pacífico e sereno, ora com um brilhante sol, ora salpicado de estrelas.
E não olvidemos jamais que nosso barco nunca estará à deriva, pois o Timoneiro Maior estará sempre no comando da sua rota, definindo os caminhos adequados para que atinjamos nosso (necessário) destino.
Pirilampo
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