terça-feira, 13 de outubro de 2015

O SONO E A VIGÍLIA



Dentre as  sensações comuns e compartilhadas à todos os seres encarnados no cotidiano da vida na matéria, há de se destacar uma delas.

Referimo-nos àquela sensação de torpor logo após retornarmos à vigília, depois desfrutarmos  uma agradável noite de sono.

A sensação remete-nos à um estado psicológico único, difícil de descrever.

Uma forte resistência toma conta do nosso ser. 

Queremos continuar dormindo. 
Mergulhamos a cabeça no travesseiro, tentamos voltar ao sono, recusamo-nos a sair da cama.

A nossa mente ainda está confusa, imagens e sensações do estado de sono se mesclam com a realidade que se descortina à nossa volta.

Sem outra alternativa, acabamos levantando e dando curso às nossas obrigações, ainda sonolentos e confusos.

Embora isso seja comum à todos nós, a maioria ignora o real motivo deste acontecimento.

O fato é que no momentos em que o corpo físico adormece, os laços que prendem o espírito à matéria são afrouxados.

Nossa essência (nós, espíritos) desfruta, então, de uma relativa liberdade para nos dirigirmos às regiões do Plano Espiritual e sente  uma sensação de leveza e bem estar.

Livres do corpo físico que nos aprisiona e limita, temos contato com a espiritualidade e também com outros espíritos ainda encarnados, cujos corpos também encontram-se adormecidos.

Mas é certo que tudo ocorre de acordo com nossa evolução e nossa sintonia.

Somente estaremos em regiões equilibradas se estivermos em equilíbrio. 
Caso contrário seremos atraídos para regiões inferiores cujas sensações certamente não nos serão prazerosas.

Vejamos portanto o verdadeiro motivo da nossa relutância em acordar. 

Em espírito, temos a consciência de que deixaremos de desfrutar da liberdade própria dos espíritos desencarnados, quando voltarmos para a desconfortável e pesada armadura de carne.

Reflitamos, portanto, pois temos todos os dias uma pequena amostra do que será nossa realidade quando deixarmos este corpo para trás e formos transferidos para a verdadeira Pátria.


"Morremos" todos os dias quando dormimos e relutamos, no dia seguinte, em "retornar à vida" da forma que a concebemos.



                                                                                                   Pirilampo

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